A regulação para forçar a transição energética “vem complicar a vida” aos pequenos negócios que vão precisar de mais apoio para cumprir os critérios ESG (ambiental, social e governance), afirma Inês Soares, head of ESG do Novobanco, notando que o banco está disposto a ajudar, seja através da partilha de conhecimentos como de financiamento de projetos.
“Na relação da banca com os pequenos negócios e as startups, estas exigências não vêm ajudar”, afirmou a responsável num painel sobre “empreendedorismo e uma economia mais sustentável” no âmbito do ciclo de conferências InNova Talks, evento que decorre esta quarta-feira na Nova SBE, em Carcavelos, numa parceria com o Jornal Económico e a Forbes Portugal.
“Quando falamos de pequenos negócios, são negócios que estão a começar, têm equipas pequenas, não têm capacidade para ter uma equipa dedicada a pensar como integrar a sustentabilidade no seu negócio”, referiu, notando que as “exigências adicionais” a nível da regulação “vêm complicar a vida” a estas empresas mais pequenas.
“Vamos exigir muito mais a grandes empresas e tentar apoiar os pequenos negócios nesta jornada, seja através de muitas iniciativas de capacitação, de partilha de melhores práticas e de desafios, seja através de financiamento de projetos”, acrescentou, frisando que o banco quer “fazer parte da solução” nesta transição para uma economia mais sustentável.
Questionada se as empresas estão a dar passos para fazer esta mudança por uma questão de preocupação ou para cumprir as regras, Inês Soares referiu que “nas médias e grandes empresas vemos claramente essa preocupação”, contactando proativamente o Novobanco para perceber que tipo de projetos está disposto a financiar. Já “do lado das pequenas empresas, há muita preocupação, há contacto connosco para perceber se o apoio dos bancos às empresas pode mudar, mas há pouca maturidade”.
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