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Travagem na economia global oferece bónus à taxa da dívida nacional

Pode parecer contrasenso, mas os receios sobre o abrandamento da economia estão a ajudar Portugal a financiar-se a custos mais baixos. Percepção de risco desceu, mas ambiente benigno pode não durar.
20 Fevereiro 2019, 09h40

Cristina Casalinho tem tido motivos para sorrir nas últimas semanas. Após uma troca de dívida bem sucedida para alongar as maturidades, o Tesouro pagou quarta-feira, dia 13 de fevereiro, a taxa mais baixa de sempre para vender obrigações a 10 anos: 1,568%. No dia seguinte, no mercado secundário, a yield dessa dívida benchmark aceitou a dica e desceu para 1,584%, o valor mais baixo em quase quatro anos.

A tendência não é recente. Nos leilões, o IGCP, liderado por Casalinho, tem vindo a financiar-se a taxas reduzidas, ajudando a baixar o custo médio de uma dívida pesada.  No mercado secundário, a yield a 10 anos está longe do último pico, de 4,196% em março de  2017. As causas são conhecidas: a generosidade do programa de compra de ativos do Banco Central Europeu, o forte desempenho da economia nacional, a redução do défice orçamental para mínimos de décadas e a subsequente melhoria das notações do soberano.

As profecias sobre o rumo da economia global, incluindo a zona euro e Portugal, não têm sido, neste início de ano as melhores, com cortes nas expetativas sobre o crescimento. No entanto, o abrandamento não está a prejudicar o apetite dos investidores pela dívida portuguesa, antes pelo contrário.

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