Cristina Casalinho tem tido motivos para sorrir nas últimas semanas. Após uma troca de dívida bem sucedida para alongar as maturidades, o Tesouro pagou quarta-feira, dia 13 de fevereiro, a taxa mais baixa de sempre para vender obrigações a 10 anos: 1,568%. No dia seguinte, no mercado secundário, a yield dessa dívida benchmark aceitou a dica e desceu para 1,584%, o valor mais baixo em quase quatro anos.
A tendência não é recente. Nos leilões, o IGCP, liderado por Casalinho, tem vindo a financiar-se a taxas reduzidas, ajudando a baixar o custo médio de uma dívida pesada. No mercado secundário, a yield a 10 anos está longe do último pico, de 4,196% em março de 2017. As causas são conhecidas: a generosidade do programa de compra de ativos do Banco Central Europeu, o forte desempenho da economia nacional, a redução do défice orçamental para mínimos de décadas e a subsequente melhoria das notações do soberano.
As profecias sobre o rumo da economia global, incluindo a zona euro e Portugal, não têm sido, neste início de ano as melhores, com cortes nas expetativas sobre o crescimento. No entanto, o abrandamento não está a prejudicar o apetite dos investidores pela dívida portuguesa, antes pelo contrário.
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