O presidente do Tribunal de Contas, José Tavares, disse hoje que a instituição está atenta ao processo da Jornada Mundial da Juventude, como está em relação a outros, precisando que os contratos celebrados neste âmbito são remetidos ao Tribunal.
“Nos termos da lei os contratos que sejam celebrados no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) são remetidos ao Tribunal de Contas para efeitos de fiscalização concomitante, sob pena de não produzirem efeitos”, referiu José Tavares à margem da conferência “Melhorar a eficiência e a transparência da contratação pública, com destaque para o reforço do quadro de controlo em Portugal”, que hoje decorreu em Lisboa.
O presidente do TdC precisou ser necessário deixar que o processo corra, acentuando que o Tribunal de Contas (TdC) “está atento [à JMJ] como está atento a outros processos que estão a correr” na sociedade.
A despesa do Estado com a organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa, em agosto, será de 30 milhões de euros, segundo uma nota emitida pelo Governo.
A realização da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa terá um custo de pelo menos 161 milhões de euros, segundo as estimativas apresentadas pela Igreja Católica, pelo Governo e pelos municípios de Lisboa e Loures.
Os custos da JMJ têm estado em destaque esta semana depois de ser conhecido que a construção do altar-palco do espaço do Parque Tejo (com nove metros de altura e capacidade para 2.000 pessoas), a cargo do município da capital, foi adjudicada à Mota-Engil por 4,24 milhões de euros (mais IVA), somando-se ainda a esse valor 1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura.
A JMJ é o maior encontro de jovens católicos de todo o mundo com o Papa, que acontece a cada dois ou três anos, entre julho e agosto.
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