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Tribunal holandês ordena Ghosn a devolver cinco milhões de euros à Nissan-Mitsubishi

A Nissan e a Mitsubishi destituíram Ghosn do cargo de presidente das suas empresas e da sua ‘joint venture’ após “má conduta financeira”, em 2018, que resultou numa condenação a pena efetiva por alegaram que Ghosn havia indevidamente concedido os salários a si mesmo.
20 Maio 2021, 13h33

Um tribunal em Amesterdão ordenou que o ex-executivo Carlos Ghosn reembolsasse a Nissan e a Mitsubishi em quase cinco milhões de euros em salários que recebeu através da sua joint venture registada nos Países Baixos Nissan-Mitsubishi BV em 2018, avança a “Reuters”, esta quinta-feira.

A Nissan e a Mitsubishi destituíram Ghosn do cargo de presidente das suas empresas e da sua joint venture após “má conduta financeira”, em 2018, que resultou numa condenação a pena efetiva por alegaram que Ghosn havia indevidamente concedido os salários a si mesmo.

O próprio Ghosn refutou o caso, exigindo 15 milhões de euros em compensação por salários perdidos e indemnizações, enquanto alegava que a Nissan e a Mitsubishi haviam violado as leis trabalhistas holandesas quando o demitiram da joint venture com sede em Amesterdão em 2019.

Mas o tribunal distrital de Amesterdão ficou do lado das fabricantes, afirmando que Ghosn não tinha um contrato de trabalho válido com a joint venture, pois não tinha o consentimento exigido dos conselhos da Nissan e da Mitsubishi.

A quantia que Ghosn foi condenado a reembolsar é igual aos pagamentos líquidos que recebeu da joint venture entre abril e novembro de 2018, disse o tribunal.

Ghosn, que negou qualquer irregularidade, era presidente da Nissan e da Mitsubishi e presidente-executivo da Renault quando foi preso no Japão em 2018 sob a acusação de subnotificar o seu salário e usar fundos da empresa para fins pessoais. Ele fugiu para o Líbano em dezembro de 2019 escondido na bagagem de mão num jato particular que saiu do aeroporto de Kansai e permanece naquele país desde então.

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