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Trump acena com acordo de defesa e ajuda Netanyahu

O presidente norte-americano tenta a impulsionar a candidatura de Benjamin Netanyahu a mais um mandato como primeiro-ministro israelita. Um possível acordo de defesa é o mote.
14 Setembro 2019, 19h21

Donald Trump revelou este sábado que conversou com Benjamin Netanyahu sobre um possível acordo de defesa mútua entre os dois países, uma medida que serve claramente para reforçar a candidatura à reeleição do primeiro-ministro israelita dias antes de os eleitores irem às urnas.

“Tive uma conversa telefónica com o primeiro-ministro Netanyahu para discutir a possibilidade de avançar com um Tratado de Defesa Mútua entre os Estados Unidos e Israel, que ancoraria ainda mais a tremenda aliança entre nossos dois países”, disse Trump no Twitter. E acrescentou que espera continuar o debate ainda este mês, à margem da sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York.

Netanyahu agradeceu a Trump, dizendo também num tweet que Israel “nunca teve um amigo maior na Casa Branca” e acrescentou que esperava encontrar-se na ONU “para avançar um histórico Tratado de Defesa entre os Estados Unidos e Israel”.

Israel vai às urnas na terça-feira. O tweet de Trump parece apoiar o esforço de Netanyahu em permanecer no poder, mostrando os seus laços estreitos com a Casa Branca. Sondagens prevêem uma disputa acirrada, cinco meses após uma eleição em que Netanyahu se declarou vencedor, mas não conseguiu formar um governo de coligação.

O partido Likud, de Netanyahu, está em conflito com o partido centrista Azul e Branco liderado pelo ex-chefe das forças armadas Benny Gantz, que se concentrou fortemente nas acusações de corrupção contra Netanyahu.

Trump reforçou a candidatura de Netanyahu quando reconheceu a reivindicação de soberania de Israel sobre as Colinas de Golan antes das eleições no início deste ano.

Algumas autoridades israelitas promoveram a ideia de desenvolver os fortes laços de Netanyahu com o governo Trump, forjando um novo tratado de defesa entre ambos, focado especialmente nas garantias de assistência em qualquer conflito com o Irão. Alguns dos críticos de Netanyahu argumentaram que esse acordo poderia atar as mãos de Israel e negar-lhe autonomia militar.

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