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Trump corta na educação e saúde para reforçar defesa militar e espacial. Plano custa 4,4 biliões de euros

Programas domésticos, como a educação, a saúde, a proteção ambiental e programas de benefícios para os pobres ou estudantes vão levar um corte de 2%. Esse dinheiro será alocado para reforçar a defesa militar, a pensão dos veteranos e acelerar a Iniciativa Força Espacial de Trump.
11 Fevereiro 2020, 13h28

A proposta para orçamento de 2021 dos EUA vai contar com um reforço da despesa na defesa militar e espacial e com os tradicionais cortes em programas sociais, ambientais e de saúde. A proposta, apresentada por Donald Trump, deverá custar à Casa Branca 4,8 biliões de dólares (4,4 biliões de euros), avançou o “New York Times”.

No documento, vêm incluídos os gastos adicionais nas forças armadas, defesa nacional e fiscalização de fronteiras, um aumento nas pensões para veteranos, um reforço na iniciativa da Força Espacial de Trump e uma extensão dos cortes de imposto de renda individuais que deveriam expirar em 2025. A maior redução é o corte anual de 2% nos gastos com programas domésticos, como a educação, a saúde, a proteção ambiental e programas de benefícios para os pobres ou estudantes. A Agência de Proteção Ambiental, por exemplo, leva com um corte de 26%.

As previsões são para um aumento de 0,3% nos gastos militares em 2021, com 3,2 mil milhões de dólares (2,9 mil milhões de euros) para desenvolver uma arma de alta velocidade capaz de ultrapassar sistemas de defesa antimísseis e 18 mil milhões de dólares para a criação de uma nova força de defesa espacial. O presidente norte-americano quer também aumentar as despesas da NASA em 12%, de acordo com a Iniciativa Força Espacial de Trump, de modo a concretizar o seu plano de reenviar astronautas à Lua em 2024.

“Vamos ter um orçamento muito bom com uma forte aposta militar, porque não temos escolha”, declarou esta segunda-feira Donald Trump na Casa Branca durante uma conferência de imprensa, acrescentando querer reduzir os gastos através da erradicação “de fraudes e de irregularidades”.

O presidente estimou ainda que neste novo orçamento o défice não deverá diminuir nos próximos dez anos, depois de ter passado para um milhar de milhões de dólares em 2019. Este deverá atingir mais de um bilião de dólares já este ano, mas Donald Trump prevê a sua diminuição “num período não muito longínquo”. Deste modo, prevê-se um crescimento do défice num contexto de redução de impostos e de acordo orçamental que levam ao aumento dos gastos governamentais. No último ano fiscal, estes gastos foram de 84 mil milhões de dólares (76,8 mil milhões de euros), informa o New York Times.

Apesar de Trump mostrar-se otimista em relação ao documento, a sua aprovação não está garantida, uma vez que são os democratas que controlam a Câmara dos Representantes e as leis para as contas federais no país exigem aprovação bicameral (da câmara baixa e do Senado).

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