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Trump elogia Boris Johnson por sugerir novo acordo entre os EUA e Irão

Apesar de manter uma resistência contra a pressão dos EUA face à relação que o Reino Unido tem com a empresa Huawei, Boris Johnson sugeriu que se fosse para negociar um novo acordo com o Irão que uma proposta de Trump seria a mais ideal.
15 Janeiro 2020, 12h21

Donald Trump reagiu nas redes sociais ao apoio de Boris Johnson para que seja negociado um novo acordo nuclear com o Irão de modo a substituir o antigo assinado por Barack Obama e Hassan Rohani.

No Twitter, Donald Trump afirmou, esta quarta-feira, que concorda com as declarações do primeiro-ministro britânico, apesar de ter usado uma citação incorreta para cimentar a sua posição.

“O primeiro-ministro do Reino Unido, @BorisJohnson, afirmou, “devemos substituir o acordo do Irão com um acordo de Trump”. Eu concordo”, twittou.

Porém, o tweet de Trump é baseado n uma citação incorreta; deixa de fora um “se”. Numa entrevista à BBC, divulgada esta terça-feira, Boris Johnson afirmou que “se vamos acabar com ele [o acordo], então vamos substituí-lo e vamos substituí-lo com o acordo de Trump. É disso que precisamos e penso que seria um grande progresso”, disse Johnson.

Boris Johnson quer substituir acordo nuclear com o Irão

A posição, assumida por Johnson, contraria a que tem sido seguida pela diplomacia do Reino Unido, que, como as outras potências europeias signatárias do acordo (França e Alemanha), têm defendido a manutenção do chamado Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA, Joint Comprehensive Plan of Action).

Ao anunciar novas sanções ao Irão, na semana passada, Donald Trump defendeu que as outras potências signatárias do acordo — a Alemanha, Reino Unido e França, a Rússia e a China – devem “trabalhar juntas para concluir um acordo com o Irão que torne o mundo mais seguro e pacífico”.

“O presidente Trump é um grande negociador […]. Vamos trabalhar em conjunto para substituir o JCPOA e ficar com o acordo de Trump”, disse o primeiro-ministro britânico.

Esta foi uma das poucas vezes que a administração britânica se aliou a Donald Trump. No debate sobre a polémica na Huawei, Johnson tem-se recusado a adotar a linha de Washington, rejeitando algumas advertências do governo Trump. Segundo jornal britânico The Times o governo está “inclinando para rejeitar as exigências dos EUA de proibir a empresa por motivos de segurança”.

E quando se trata da questão do Irão, embora o Reino Unido não tenha criticado a decisão de assassinar o general iraniano Qassem Suleimani, o apoio na decisão não demonstrou muita força.

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