O presidente dos Estados Unidos ordenou ataques militares contra o Irão, mas acabou por cancelar apenas horas antes do seu início.
A operação foi ordenada depois do Irão ter abatido um drone norte-americano não tripulado e de vigilância.
A notícia foi avançada pelo New York Times, que cita uma fonte anónima do Governo norte-americano, segundo avança a Associated Press esta sexta-feira, 21 de junho.
Donald Trump foi questionado na quinta-feira se planeava ordenar um ataque contra o Irão: “Em breve vão descobrir”, respondeu.
Os ataques foram recomendados pelo Pentágono e estavam entre as várias opções apresentadas a vários membros seniores da administração Trump.
A operação foi cancelada por volta das 19:30 em Washington, 00:30 em Lisboa. O cancelamento teve lugar depois de Donald Trump ter passado o dia de quinta-feira a discutir a estratégia para o Irão com os seus conselheiros para a defesa e líderes do Congresso.
Sobre o abatimento do drone, Donald Trump disse anteriormente: “O Irão cometeu um grande erro”, escreveu nas redes sociais.
“Acho difícil de acreditar que foi intencional, se querem saber a verdade. Penso que pode ter sido alguém sem controlo e estúpido que fez isto”.
O Irão garante que o drone violou espaço aéreo do país, com Washington a insistir que o drone encontrava-se em águas internacionais.
Se o drone tivesse alguém a bordo, Donald Trump garante que teria feito uma “grande diferença”.
Recorde-se que Donald Trump rasgou o acordo alcançado entre os Estados Unidos, na altura liderados por Barack Obama, e o Irão, com o objetivo de reduzir o programa nuclear iraniano, em troca do alívio de sanções.
A administração Trump tem estado a aumentar a pressão económica sobre o Irão há mais de um ano, com o governo iraniano a considerar que as sanções são “terrorismo económico”.
Os Estados Unidos têm vindo a aumentar a sua presença militar no Golfo Pérsico, devido à tensão com o Irão: enviaram um porta-aviões e milhares de soldados para a região.
“Não temos nenhuma intenção de entrar em guerra com nenhum país, mas estamos completamente preparados para a guerra”, disse o comandante da guarda revolucionária do Irão, o general Hossein Salami num discurso na televisão.
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