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Trump pede publicamente à China que investigue Joe Biden

Donald Trump pediu à China para investigar o rival político democrata Joe Biden. Em plena possibilidade de impeachment a partir do Congresso, o presidente dá sinais de pouca preocupação.
  • Donald Trump
3 Outubro 2019, 20h43

O presidente Donald Trump disse acreditar que tanto a China como a Ucrânia deveriam investigar o possível candidato presidencial Democrata Joe Biden e o seu filho empresário, Hunter Biden.  “A propósito, da mesma forma, a China deve iniciar uma investigação sobre os Biden. Porque o que aconteceu na China é tão mau como o que aconteceu com a Ucrânia”, disse Trump na Casa Branca, citado por vários jornais.

Trump e o seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, não apresentaram evidências das suas afirmações de corrupção contra o ex-vice-presidente Biden, um dos principais candidatos à indicação do Partido Democrata para concorrer contra Trump.

O apelo de Trump à China foi particularmente impressionante, dado que Washington e Pequim estão a travar em uma guerra comercial amarga, que prejudicou o crescimento económico global – o que, de algum modo, exemplifica a forma desabrida como o presidente norte-americano está a lidar com o problema do impeachment.

Com as eleições ainda longe (em novembro de 2020), a sondagem Reuters/Ipsos, que vai acompanhando a evolução dos acontecimentos, mostram que Trump acompanhan de perto os principais candidatos democratas, incluindo Biden, em hipotéticos confrontos diretos.

A vice-gerente de campanha de Biden, Kate Bedingfield, disse em comunicado que os comentários de Trump mostraram que o presidente está “a agarrar-se desesperadamente às teorias da conspiração, que foram desmascaradas”.

Entretanto, o líder republicano do Congresso, Kevin McCarthy, escreveu à presidente da dos Democratas (e do Congresso), Nancy Pelosi, pedindo que todos os esforços em torno do inquérito de impeachment sejam suspensos até que “regras e procedimentos costumeiros sejam estabelecidos”.

Na carta, McCarthy perguntava se Pelosi planeava realizar uma votação na Câmara para autorizar o inquérito e se o presidente poderia participar em todas as audiências e depoimentos. Recusar-se a fazer isso contraria os procedimentos anteriores de impeachment, disse McCarthy.

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