O turismo da Região Autónoma da Madeira registou uma subida de 5,3% e de 7,3% nos hóspedes e nas dormidas, face ao período homólogo, no primeiro trimestre, para os 476,3 mil e 2,6 milhões, de acordo com os dados da Direção Regional de Estatística (DREM). “Os proveitos totais e os de aposento, no primeiro trimestre de 2025, registaram crescimentos homólogos de 20,4% e 22,1%, respetivamente, totalizando os 162,6 milhões de euros nos proveitos totais e 114,6 milhões de euros nos proveitos de aposento”, diz o mesmo organismo.
“A estada média, na globalidade do alojamento turístico, fixou-se em 4,80 noites no primeiro trimestre de 2025, representando um incremento de 1,8% face ao primeiro trimestre de 2024 (4,71 noites). Esse crescimento foi mais expressivo entre os residentes em Portugal (9,3%), embora o valor absoluto tenha sido mais elevado no mercado de não residentes (5,22 noites)”, indicam os dados da DREM.
No primeiro trimestre o alojamento turístico concentrou 99,5% dos hóspedes entrados e 99,7% do total das dormidas.
“O segmento da hotelaria concentrou 70,4% das dormidas (cerca de 1,8 milhões), registando um crescimento homólogo de 5,1%. O alojamento local representava 27,3% do total e cresceu 14,3%, enquanto o turismo no espaço rural, com uma quota de 2,2%, aumentou 1,8%. Analisando por categoria dos estabelecimentos, os maiores crescimentos foram observados nas pousadas e quintas da Madeira (+45,8%) e nos hotéis de 5 estrelas (+23,7%)”, de acordo com a DREM.
No primeiro trimestre a estada média no conjunto do alojamento turístico subiu para as 4,81 noites face às 4,72 noites do período homólogo.
“Os valores mais elevados continuam a ser observados na hotelaria (4,89 noites) e no alojamento local (4,74 noites), enquanto o turismo no espaço rural apresenta a estada mais baixa (3,61 noites). No segmento da hotelaria, destacam-se os aldeamentos turísticos, com a estada média mais alta, atingindo as 6,99 noites no período de referência (6,88 noites no 1.º trimestre de 2024)”, indicam os dados a DREM.
No que diz respeito aos mercados externos (residentes no estrangeiro) registou-se a entrada de 366,5 mil hóspedes, que originaram cerca de 2,2 milhões de dormidas, mais 5,2% face ao ano anterior.
“A Região Autónoma da Madeira foi a região do país que evidenciou maior dependência dos mercados externos em termos de dormidas, representando 84,6% do total, seguida do Algarve, com 81,2%. Em sentido contrário, as regiões Centro e Alentejo apresentaram as menores proporções de dormidas de não residentes, com 24,3% e 31,2%, respetivamente”, diz a DREM.
No primeiro trimestre os dois principais mercados emissores “registaram variações homólogas nas dormidas em sentidos opostos: o mercado alemão cresceu de 2,1%, enquanto o mercado britânico apresentou uma quebra de 2,1%. O mercado de residentes em Portugal (terceiro principal mercado) apresentou uma variação positiva mais significativa, de 21%, no mesmo período. Importa salientar que estes três principais mercados concentraram mais de metade das dormidas (55,6%), no primeiro trimestre de 2025”, refere a Direção Regional de Estatística.
“Como quarto principal mercado no primeiro trimestre de 2025, a Polónia destacou-se, com uma quota de 9,4% do total de dormidas e um total de 241,9 mil dormidas, o que representa o dobro do valor registado pelo mercado francês. Este resultado traduz um crescimento de 41,1% face ao mesmo período do ano anterior”, acrescenta a DREM.
A DREM diz que Ponta do Sol e Câmara de Lobos são os municípios, que em termos de dormidas, “apresentam uma maior dependência dos mercados externos (residentes no estrangeiro), com 90,7% e 90,5%, respetivamente. Já o Porto Santo destaca-se por registar a maior percentagem de dormidas de residentes, representando 33,4% do total”.
O Funchal concentra mais de 60% das dormidas na Região, totalizando cerca de 1,6 milhões de dormidas no primeiro trimestre de 2025, “o que corresponde a uma variação homóloga positiva de 1,4%. As dormidas de residentes cresceram 21,4%, enquanto as de não residentes registaram uma diminuição de 1,7%. O segundo município com maior número de dormidas foi Santa Cruz, com 11,9% do total regional, contribuindo com 307,6 mil dormidas no primeiro trimestre de 2025, o que representa um aumento de 10,7% face ao período homólogo. As dormidas de residentes no estrangeiro cresceram 10,9%, enquanto as de residentes em Portugal aumentaram 9,3%”.
Machico teve um crescimento superior a 100%, no primeiro trimestre, face ao período homólogo, “tanto no mercado de residentes (+194%) como no mercado de residentes no estrangeiro (+105,7%)”, sublinha a DREM.
No primeiro trimestre a taxa líquida de ocupação-cama do alojamento turístico na Região foi de 60,4%, o que representa um aumento de 1,3 pontos percentuais (p.p.) face ao ano anterior, e a taxa de ocupação-quarto atingiu os 70,5%, face aos 67,6% registados do ano anterior.
“O RevPAR do conjunto do alojamento turístico, no primeiro trimestre (excluindo o alojamento local com menos de 10 camas) foi de 72,78 euros, o que equivale a um aumento de 20,8% em relação ao período homólogo, valor mais elevado entre as regiões NUTS II. No setor da hotelaria, o RevPAR atingiu 78,40 euros (+22% de variação homóloga). Quanto ao ADR, os valores são mais elevados, totalizando os 103,20 euros no conjunto do alojamento turístico (+15,9% que no período homólogo) e os 105,96 euros na hotelaria (+15,9%). Importa salientar que tanto o RevPAR como o ADR têm evoluído positivamente ao longo dos anos. Destaca-se especialmente o ADR, que, no primeiro trimestre deste ano, superou os 100 euros, algo que ainda não tinha ocorrido nos primeiros trimestres de anos anteriores”, acrescenta a Direção Regional de Estatística.
A DREM adianta ainda que o RevPAR e ADR mais elevados registaram-se no segmento das pousadas e quintas da Madeira, “com valores de 126,23 euros (+25,6% que no primeiro trimestre de 2024) e 168,85 euros (+4,4%), respetivamente. Por categoria, destacam-se os hotéis de 5 estrelas (109,40 euros e 156,63 euros, respetivamente) e os hotéis-apartamentos de 4 estrelas (76,04 euros e 96,50 euros, respetivamente)”.
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