Dormidas em alojamentos turísticos na UE em queda em todos os 27. Portugal teve a quinta mais acentuada

O sector do turismo mostrou sinais de recuperação durante o verão deste ano. Ainda assim, e de acordo com os dados divulgados pelo gabinete de estatísticas europeu Eurostat, os níveis continuam abaixo do período pré-pandémico.

Segundo as contas, o mês de agosto foi o mais promissor em termos de recuperação para os níveis antes da pandemia quando se analisaram o número de noites passadas em alojamentos turísticos na União Europeia (UE), como hotéis, alojamentos locais e outros tipos de acomodações. A queda foi de 20% quando comparado com agosto de 2019, enquanto que comparado ao mesmo período de 2020, a queda foi de 30%. Este ritmo de recuperação, de acordo com o Eurostat, foi também sentido em julho (-29% em 2021; -40% em 2020) e em junho (-51%; -70%).

Em sentido contrário, o mês de abril registou a queda mais acentuada no número de noites passadas em alojamentos turísticos, cerca de 80% quando comparado com o mesmo período de 2019, enquanto que a queda foi de 95% em 2020 quando comparado abril de 2019.

Durante os três meses de verão, de junho a agosto de 2021, foram passadas 856 milhões de noites em alojamento turístico na UE, uma quebra de 31% em comparação com o verão pré-pandemia.

Apesar da recuperação assistida em agosto, o número de noites passadas em estabelecimentos de alojamento turístico diminuiu em todos os Estados-Membros entre julho e agosto de 2021, quando comparado com 2019, variando entre a queda de 48% na Grécia e 5% nos Países Baixos. A quebra foi superior a 25% em dez dos 24 Estados-membros. Portugal é o quinto país com uma queda mais acentuada.

Porém, quando comparado com 2020, o número de noites passadas em alojamentos turísticos durante o mesmos três meses aumentou em quase todos os Estados-Membros. Só a Letónia assistiu a uma queda, cerca de 16%.

Nos três meses de verão, a quebra no número de noites passadas em estabelecimentos de alojamento turístico foi mais evidenciada para os hóspedes internacionais ao registar uma diminuição de 54% em comparação com o mesmo período em 2019.