O CDS-PP quer alargar a rede de esquadras de turismo para garantir elevados níveis de segurança, que favorecem a entrada de turistas e investimento no país. Os democratas-cristãos pedem reforço do número de esquadras nas localidades em que já existam e a abertura de esquadras de turismo em zonas de interesse turístico emergentes.
A bancada parlamentar do CDS-PP defende que “o turismo é um dos principais motores da economia nacional”, e, como tal, deve ser “acarinhado e protegido”. “O facto de Portugal ser considerado, por avaliações internacionais, como um dos cinco países mais seguros do mundo é importante, não só para os portugueses e para a vida em comunidade, mas também para a economia nacional, porque só um país seguro atrai o turismo e o investimento”, lê-se no projeto de resolução entregue pelo CDS-PP esta sexta-feira na Assembleia da República.
O partido liderado por Assunção Cristas nota, no entanto, que se é verdade que Portugal é um dos países mais seguros do mundo, não é menos verdade que a incidência de crimes de menor gravidade, como roubos, aumentou na última década. O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2018 dava conta de um total de 12.377 participações de furto por carteirista, o que equivale a uma média superior a mil queixas por mês, “o quíntuplo das queixas que se registavam há uma década”.
Tendo em conta que têm entrado no país cada vez mais turistas e o aeroporto de Lisboa registou “a astronómica quantia de 26 milhões de utilizadores”, o CDS-PP defende o alargamento das forças de segurança a todas as zonas em que se verifica uma maior afluência de turistas. Essas esquadras serão responsáveis por abordar “os visitantes estrangeiros com conselhos de segurança e números úteis para onde podem ligar em caso de emergência”.
“Tanto o alargamento da rede de esquadras de turismo, como o recrudescimento das iniciativas das forças de segurança especificamente viradas para os turistas, ganhariam em ser enquadrados num programa amplo de policiamento de proximidade”, consideram os democratas-cristãos.
Atualmente, existem três esquadras de turismo, em todo o país. Em Lisboa, existe uma no Palácio Foz e outra na vila de Cascais, enquanto no Porto, a esquadra funciona no Comando Metropolitano do Porto.
Além disso, o CDS-PP propõe a adoção das medidas necessárias à “criação, na área de competência da Polícia de Segurança Pública (PSP), de um programa de policiamento específico denominado ‘Turista Seguro’, vocacionado para promover o apoio, a segurança e o combate ao crime contra o turista, nacional ou estrangeiro”.
O Global Peace Index (Índice Global de Paz – GPI) de 2018, realizado pelo Instituto para a Economia e Paz (IEP), coloca Portugal em quarto lugar num ranking de 163 países. À frente de Portugal estão apenas a Islândia, Nova Zelândia e Aústria, com níveis mais elevados de segurança.
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