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Turquia exige extradição de 33 terroristas após aprovar candidatura da Finlândia e Suécia à NATO

A Turquia enviou um pedido a ambos os países para que “cumpram as suas promessas”, disse o ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag. Ancara acusou a Finlândia e a Suécia de abrigarem militantes curdos.
29 Junho 2022, 14h27

A Turquia estará a pressionar a Suécia e a Finlândia, no sentido de garantir a extradição de 33 curdos, que a Turquia classifica como “terroristas”,  após ter removido as objeções à adesão dos dois países nórdicos à NATO, segundo a “BBC”.

A Turquia enviou um pedido a ambos os países para que “cumpram as suas promessas”, disse o ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag. Ancara acusou a Finlândia e a Suécia de abrigarem militantes curdos.

Os estados nórdicos concordaram na terça-feira, 28 de junho, em “atender rapidamente aos pedidos pendentes de deportação ou extradição da Turquia de suspeitos de terrorismo”.

“Queremos a extradição de terroristas”, sublinhou Bozdag. O ministro turco pediu à Finlândia que entregue seis membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e outros seis do movimento do clérigo turco exilado Fethullah Gulen. Adicionalmente, a Turquia também quer que onze membros do PKK e dez gulenistas sejam extraditados da Suécia.

O PKK, formado no final da década de 1970, lançou uma luta armada contra o governo turco em 1984, pedindo um estado curdo independente na Turquia. Enquanto isso, os gulenistas são culpados pela Turquia por um golpe fracassado contra o presidente Recep Tayyip Erdogan em 2016.

A Finlândia e a Suécia declararam formalmente a sua intenção de se juntarem à aliança defensiva ocidental de 30 membros em maio, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Turquia inicialmente ameaçou vetar o pedido, mas após quatro horas de negociações na cimeira da NATO em Madrid, os três países chegaram a um compromisso. Espera-se que os líderes da aliança convidem oficialmente a Finlândia e a Suécia a juntarem-se aos restantes membros até ao final da cimeira.

A Rússia condenou a expansão da NATO, considerando-o como um “fator estritamente desestabilizador”.

“A cimeira de Madrid reafirma o curso do bloco na contenção agressiva da Rússia”, disse o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, segundo a agência de notícias “Interfax”.

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