O Grupo UBS reportou um lucro líquido de 2,4 mil milhões de dólares (dois mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), no terceiro trimestre, somando mais mil milhões de dólares (860 milhões de euros) face ao obtido no período homólogo, o que representa um crescimento de 71%.
As receitas subiram de 12,3 mil milhões de dólares (10,5 mil milhões de euros) para os 12,7 mil milhões de dólares (10,9 mil milhões de euros) entre o terceiro trimestre do ano passado e o atual, um crescimento de 3%.
O lucro operacional no terceiro trimestre ficou nos em 2,8 mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros), crescendo face aos 1,9 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) do período homólogo, um crescimento de 47%.
As despesas operacionais ficaram em 9,8 mil milhões de dólares (8,4 mil milhões de euros), uma quebra face aos 10,2 mil milhões de dólares (8,7 mil milhões de euros) do ano anterior, uma quebra de 3%.
Os ativos investidos cresceram 13% saltando dos 6,1 mil milhões de dólares (5,2 mil milhões de euros) para os 6,9 mil milhões de dólares (5,9 mil milhões de euros) entre o terceiro trimestre de 2024 e 2025. Os ativos totais da instituição bancária estão avaliados em 1,6 biliões de dólares (1,3 biliões de euros) mantendo o mesmo valor face ao ano anterior.
“Apresentámos um excelente desempenho financeiro no terceiro trimestre de 2025, impulsionado pelo forte crescimento dos nossos negócios principais e pela execução disciplinada das nossas prioridades estratégicas. Observámos uma forte atividade de clientes particulares e institucionais, com os ativos investidos a atingirem quase 7 biliões de dólares. Como pilar fundamental da nossa estratégia, o nosso balanço mantém-se sólido para todas as estações do ano, permitindo-nos investir em talento, tecnologia e capacidades, ao mesmo tempo que continuamos a avançar na integração, o que nos posiciona para o crescimento e a criação de valor a longo prazo”, disse o CEO do Grupo UBS, Sergio Ermotti.
O UBS confirmou também que “continua no bom caminho” para concluir substancialmente a integração do Credit Suisse até ao final de 2026, com o foco a estar na “migração de contas de clientes e na desativação da infraestrutura”.
O banco suíço adiantou também que a 1 de agosto deste ano celebrou um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), através do qual pagou 300 milhões de dólares (258 milhões de euros) para “liquidar todas as obrigações remanescentes do acordo de liquidação de 2017 do Credit Suisse com o DOJ, relacionadas com as atividades com títulos garantidos por hipotecas residenciais.
O UBS salienta que os passivos contingentes reconhecidos na aquisição do Grupo Credit Suisse relacionados com este assunto foram libertados, “resultando num ganho de 673 milhões de dólares (579 milhões de euros) no segmento de Ativos Não Essenciais e Legados no terceiro trimestre de 2025”.
A instituição bancária refere também que em setembro resolveu a questão pendente relacionada com as suas atividades comerciais transfronteiriças em França entre 2004 e 2012.
“Como resultado, o UBS concordou em pagar uma multa de 730 milhões de euros e 105 milhões de euros de indemnização por danos civis ao Estado francês no terceiro trimestre de 2025 e reconheceu um ganho de 321 milhões de dólares, ou 276 milhões de euros (284 milhões de dólares, ou 244 milhões de euros,em Gestão Global de Património e 37 milhões de dólares, ou 31 milhões de euros, em Serviços Bancários para Pessoas Singulares e Coletivas) em resultado da libertação de uma provisão relacionada”, diz o banco.
“Em 2023, o Supremo Tribunal de França confirmou a decisão do Tribunal de Recurso de Paris, que considerou o UBS culpado de aliciamento ilegal de clientes e branqueamento de capitais agravado, mas encaminhou a multa e a indemnização por danos civis para serem reavaliadas pelo tribunal de primeira instância, sublinhou o UBS.
No terceiro trimestre foi concluída a venda de uma participação de 36,01% numa subsidiária, a Credit Suisse Securities (China) Limited (CSS), à Beijing State-Owned Assets Management Co., Ltd., como já tinha sido anunciado 24 de junho de 2024, pelo que foi “desconsolidada” a entidade.
“A venda resultou num ganho antes de impostos de 128 milhões de dólares (110 milhões de euros), que foi reconhecido no Banco de Investimentos como rendimento relacionado com a integração e está excluído dos resultados subjacentes. O UBS mantém uma participação de 14,99% na CSS e contabiliza esta participação minoritária como um investimento numa associada”, refere o banco.
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