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UBS oferece mais de dois mil milhões de dólares pelo Credit Suisse

O acordo de compra do Credit Suisse pelo UBS deverá ser assinado este domingo à noite e envolverá atuação do Governo para criar condições legais e para avançar com garantias estatais a riscos. Avançam o FT e a Reuters.
19 Março 2023, 12h57

A notícia é avançada pelo Financial Times que diz que o UBS ofereceu mais de dois mil milhões de dólares para comprar o Credit Suisse.

Está previsto também que o Governo e as autoridades suíças mudem a lei do país para contornar a possibilidade de o voto dos acionistas do UBS chumbar em Assembleia Geral a compra do concorrente Credit Suisse.

O acordo proposto entre os dois maiores bancos suíços está marcado para ser assinado este domingo à noite, diz o FT, acrescentando que o preço do acordo será estabelecido tendo por referência o preço de fecho do Credit Suisse na bolsa na sexta-feira.

A Reuters noticiou este sábado que o UBS pediu ao governo suíço que preste garantias estatais de cerca de 6 mil milhões de dólares para cobrir potenciais custos que venham a surgir, como condição para comprar o Credit Suisse, citando uma pessoa com conhecimento das negociações, enquanto os dois lados correm contra o tempo para fechar um acordo para restaurar a confiança no banco suíço em dificuldades.

Os 6 mil milhões de dólares em garantias do governo cobririam o custo da liquidação de partes do Credit Suisse e possíveis acusações de litígio, disseram duas pessoas à Reuters.

O Credit Suisse, de 167 anos, é o maior banco  envolvido na turbulência desencadeada pelo colapso dos credores americanos Silicon Valley Bank e Signature Bank na semana passada, provocando uma queda nas ações do setor bancário e levando as autoridades a tomar medidas extraordinárias para manter bancos à superfície.

Este sábado a Bloomberg noticiou também que o vice-presidente da BlackRock, Philipp Hildebrand, está a participar nas negociações enquanto as autoridades suíças tentam fechar um acordo para o UBS Group assumir o controle do Credit Suisse Group, citando fontes não identificadas.

Questionado, o porta-voz da BlackRock, Ryan O’Keeffe, disse em entrevista por telefone que “Philipp não tem nenhum envolvimento formal nessas discussões”.

 

(Atualizada às 17h11 com o novo valor noticiado pelo Financial Times)

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