O Reino Unido anunciou hoje que vai contribuir com 2,26 mil milhões de libras (2,71 mil milhões de euros) para um empréstimo global do G7 à Ucrânia de 50 mil milhões de dólares (mais de 45 mil milhões de euros).
Esta soma “representa a contribuição do Reino Unido” para este programa de empréstimos que será “concedido à Ucrânia para as suas necessidades militares, orçamentais e de reconstrução”, afirmou o governo britânico num comunicado.
“O nosso apoio à Ucrânia e aos seus homens e mulheres na sua luta para se libertarem da agressão de [Vladimir] Putin (Presidente russo) é inabalável e continuará a sê-lo enquanto for necessário”, afirmou a ministra das Finanças, Rachel Reeves, acrescentando que o empréstimo é “do interesse nacional do Reino Unido porque a linha da frente da nossa defesa está nas trincheiras ucranianas”.
Os países do G7 acordaram em junho na Cimeira de Líderes em Puglia, Itália, conceder um empréstimo global de até 50 mil milhões de dólares à Ucrânia, financiado pelos juros gerados pelos ativos soberanos russos congelados na Europa.
Os 27 países da União Europeia já tinham anunciado no início deste mês que tinham acordado um montante até 35 mil milhões de euros ao abrigo deste programa de Empréstimos Extraordinários de Aceleração de Receitas (ERA).
No entanto, Bruxelas indicou que reduzirá a sua contribuição se o empréstimo total exceder os 45 mil milhões de euros, tendo em conta os compromissos dos outros países do G7.
Para além desta ajuda, o Reino Unido já prometeu à Ucrânia cerca de três mil milhões de libras (3,6 mil milhões de euros) este ano e o ministro da Defesa, John Healey, anunciou que irá fornecer 650 sistemas de mísseis multifunções à Ucrânia para reforçar as defesas aéreas do país.
“A obrigação da Rússia, ao abrigo do direito internacional, de pagar pelos danos que causou à Ucrânia é clara e este acordo do G7 é um passo importante para garantir que isso aconteça”, vincou o governo britânico.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou esta assistência um “passo importante que faz do Reino Unido o primeiro país do G7 a contribuir para o mecanismo ERA”.
“Mais uma vez, o Reino Unido está a mostrar liderança e a destacar-se como um verdadeiro amigo e parceiro da Ucrânia”, escreveu na rede social X.
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