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UE: 25% dos jovens trabalham enquanto estudam. Em Portugal só 10,8% o faz

Dados do Eurostat divulgados esta quinta-feira revelam que, embora em média um quarto dos jovens europeus trabalhe enquanto estuda, há diferenças nacionais substanciais. Nos Países Baixos, por exemplo, 73% dos jovens fazem as duas coisas ao mesmo tempo, enquanto na Roménia são apenas 2%.
28 Setembro 2023, 12h42

Quase três quartos (72%) dos jovens europeus, com idades entre os 15 e os 29 anos, estavam, em 2022, fora da força de trabalho durante a educação formal, revela esta quinta-feira, 28 de setembro, o Eurostat, gabinete de estatística da União Europeia. Uma fatia de 25% trabalhava e os restantes 3% procuravam ativamente emprego.

A dinâmica na transição dos jovens da educação formal para o mercado de trabalho varia significativamente entre os países da União Europeia, dependendo dos sistemas educativos nacionais, das características do mercado de trabalho e de fatores culturais.

Embora em média um quarto dos jovens europeus trabalhe enquanto estuda, a estatística esconde diferenças nacionais substanciais. Os Países Baixos lideram com a percentagem mais elevadas de jovens empregados durante a educação formal: 73%, seguidos da Dinamarca, com 52% e da Alemanha, com 45%. Em contrapartida, na Roménia somente 2% dos jovens  têm algum tipo de trabalho enquanto estudam, na Eslováquia 5% e na Hungria 6%.

Neste indicador, Portugal está abaixo da média europeia e mais perto dos países do fundo da tabela. O número dos jovens que trabalha enquanto vai à escola é 10,8%, de acordo com o Eurostat.

Segundo o Eurostat, as percentagens mais elevadas de jovens no ensino formal que estão disponíveis para emprego e que procuram ativamente emprego foram registadas na Suécia (13%), Finlândia (7%) e Países Baixos (6%). Já na Hungria, Chéquia, Roménia, Croácia, Polónia e Lituânia menos de 1% dos jovens com idades entre os 15 e os 29 anos procuravam emprego.

Em 2022, a participação das mulheres na educação formal ultrapassaram os homens em todas as faixas etárias, com a discrepância mais significativa a ocorrer no grupo etário dos 20-24 anos: 54% de mulheres em comparação com 45% de homens.

As mulheres também apresentam maior probabilidade de ficar fora da educação e da força de trabalho. As disparidades de género persistem em todos os grupos etários, com as diferenças mais acentuadas registadas entre os jovens entre os 25 e os 29 anos. Neste grupo, 15% das mulheres e 7% dos homens estavam fora da educação e da força de trabalho em 2022, de acordo com o Eurostat.

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