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“UE sai humilhada com colossal derrota”: Tarifas quebram silêncio de Pedro Nuno Santos

Desde a última noite eleitoral, que ditou uma das maiores derrotas do PS, que Pedro Nuno Santos se tinha remetido ao silêncio. Esta segunda-feira voltou à intervenção política para tecer fortes críticas ao acordo comercial entre UE e EUA.
29 Julho 2025, 08h50

Pedro Nuno Santos, ex-secretário-geral do PS, quebrou o silêncio esta segunda-feira a propósito do acordo comercial entre a UE e os EUA, que o antigo governante ter ditado uma humilhação do bloco dos 27 após uma “colossal derrota”.

O acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, alcançado no domingo, fixa em 15% as tarifas aduaneiras norte-americanas sobre os produtos europeus.

Num comunicado, o Governo português, através do Ministério da Economia disse que “o entendimento alcançado entre a União Europeia e os Estados Unidos da América representa um passo essencial para a previsibilidade e estabilidade” de que as empresas precisam.

“A confirmarem-se as declarações de Trump, a UE teve uma colossal derrota nas negociações sobre as tarifas ao comércio entre a UE e os EUA. Sai humilhada, com um acordo que prejudica a indústria europeia”, destacou Pedro Nuno Santos na rede social Instagram.

O ex-líder político considera que “resulta do acordo anunciado que se os produtos europeus à entrada nos EUA vão enfrentar tarifas de 15%, os produtos americanos à entrada no mercado europeu vão ter tarifas de…0%”.

E como se isto não fosse suficiente, prossegue Pedro Nuno Santos, “Trump anunciou ainda que o acordo prevê a compra de centenas de milhares de milhões de dólares em equipamento militar pelos países membros da UE, 750 mil milhões de dólares em energia e investimento europeu nos EUA num montante de 650 mil milhões”.

““Centenas de milhares de milhões de dólares em equipamento militar” – o aumento da despesa militar não ia servir para estimular a indústria europeia e criar empregos na UE?”, questiona.

Para o ex-líder socialista, “esta é uma derrota política e económica dos dirigentes da UE, mas quem sai a perder são os trabalhadores e a indústria europeia. Defender Portugal e os portugueses implica uma atitude crítica perante a fragilidade política que a UE vai revelando, não o silêncio subserviente”.

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