A onda de calor que esta semana assolou Portuga provocou temperatura extremas em várias regiões, o que nos leva a refletir, uma vez mais, sobre o que está a mudar no clima.  Os climatólogos sublinham que as ondas de calor sempre existiram em Portugal e na Europa.

A pergunta chave é se estão a tornar-se mais frequentes e intensas e qual a sua causa. A resposta da comunidade científica é clara e unânime: as alterações climáticas estão a aumentar a flutuação da temperatura acima do clima normal durante dias ou semanas no verão. Mais. As elevadas temperaturas globais, impulsionadas pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa, têm um impacto direto nas condições climáticas locais.

Ora, as ondas de calor não são apenas desconfortáveis, têm implicações para a saúde, agricultura, ecossistemas e até mesmo para a economia. O que significa que é preciso enfrentar as alterações climáticas através de ações significativas que podem ajudar a mitigar os impactos a longo prazo e garantir um futuro mais seguro e sustentável.

É hora de agir com determinação, porque o nosso clima está a gritar por ajuda, e não podemos mais ignorar o seu apelo.

Agora que a maioria dos portugueses se encontra de férias, como é possível tomar decisões mais amigas do ambiente? Primeiro, é preciso estar sensível para a cidadania ambiental. A Agência Portuguesa do Ambiente promove o exercício de boas práticas e a participação pública, individual e coletiva, nas questões do ambiente. A iliteracia ambiental deve ser combatida com a aquisição de novas competências. Muito se tem feito nas Escolas, como o projeto educação para a cidadania, que constitui um exemplo do diálogo entre as escolas e os temas ambientais.

Ter um verão mais sustentável significa preservar as praias e o campo, e descobrir os 7Rs: Repensar, Recusar, Reduzir, Reparar, Reintegrar, Reciclar e Reutilizar. A RECICLA destaca seis regras para tornar o verão mais ecológico através da mudança de hábitos associados a um mundo consumista, e aqui poupar é a palavra chave.

A onda de calor que atinge Portugal não é apenas uma anomalia climática, é um alerta claro das alterações climáticas. Trata-se de uma batalha global que requer a colaboração de todos.