Os sindicatos e os patrões europeus assinaram uma declaração conjunta em defesa do sector das conservas. Entre os assinantes desta declaração estão os portugueses UGT e Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP).
A declaração prevê a defesa do sector, sublinhando a necessidade de excluir as conservas de atum do âmbito dos acordos comerciais, devido à falta de condições equitativas e ao impacto negativo no emprego nas regiões costeiras de Portugal, Espanha e Itália, e mostra-se contra a concorrência desleal de países terceiros.
Para além dos portugueses UGT e ANICP, assinaram também esta declaração as confederações sindicais UGT Fica (Espanha) e a FAI CISL(Itália) e a associação patronal ANFACO-CECOPESCA (Espanha).
A declaração foi assinada a 25 de outubro, em Santiago de Compostela, e pretende proteger a indústria europeia de conservas de peixe e marisco contra a ameaça de concorrência desleal de países terceiros, em particular no domínio das conservas de atum, decorrente dos processos de negociação em curso para a resolução de acordos de comércio livre entre a União Europeia e os países membros da região da ASEAN, em especial a Tailândia.
Segundo o comunicado da UGT, “estima-se que até 45% do atum desembarcado na Tailândia seria inadequado para a atual comercialização na UE, devido ao incumprimento das disposições europeias em matéria de luta contra a pesca ilegal (IUU) ou à falta de autorização sanitária para exportação para a EU”.
O documento será apresentado em Bruxelas, sendo que as organizações unem esforços para lançar parte de uma iniciativa que visa proteger milhares de postos de trabalho e garantir a sustentabilidade da indústria europeia de conservas.
O sector de conservas de atum é responsável por mais de 20 mil empregos, só na Europa, e representa 70% da produção total dentro do sector das conservas.
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