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UGT preocupada com números do desemprego e `lay-off` em Portalegre

De acordo com a UGT, estes números tiveram particular incidência em concelhos com mais de 500 desempregados, nomeadamente em Elvas, Portalegre, Ponte de Sor e Campo Maior.
1 Junho 2020, 12h59

A União Geral de Trabalhadores (UGT) de Portalegre manifestou-se hoje preocupada em relação aos números do desemprego e de ‘lay-off’ naquela região, na sequência da pandemia de covid-19.

Num comunicado enviado à agência Lusa, a UGT de Portalegre alerta que, desde o final do mês de janeiro até ao final de abril, se verificou um “aumento dramático” do desemprego, atingindo “praticamente 20%” na região.

De acordo com a UGT, estes números tiveram particular incidência em concelhos com mais de 500 desempregados, nomeadamente em Elvas, Portalegre, Ponte de Sor e Campo Maior.

“Comparativamente ao mês de março, já em pleno período de situação pandémica de covid-19, e em apenas um mês, o aumento do desemprego foi superior a 9%”, acrescenta.

Como exemplo “concreto e preocupante”, refere-se que no concelho de Portalegre se verificou um “aumento de 30,5%” da taxa de desemprego entre o final do mês de janeiro e o final do mês de abril, e de “19,3%” apenas desde o final do mês de março para o final do mês de abril.

Quanto às entidades empregadoras em situação de ‘lay-off’, a União indica que até ao final do mês de maio estavam nessa situação 742 empresas, o que representa 0,7% do total nacional.

Algarve e Alentejo foram as regiões do continente com maior aumento do número de desempregados por mil habitantes durante o mês de março em relação ao mesmo período do ano passado, divulgou em maio o Instituto Nacional de Estatística.

O confinamento social fez aumentar o desemprego logo em março, com 52.999 novos inscritos nos centros de emprego, o que representa um crescimento de 34% face ao mesmo mês de 2019, segundo o Barómetro do Observatório sobre Crises e Alternativas, que analisou os efeitos da crise causada pela covid-19 e divulgou as suas conclusões numa publicação eletrónica intitulada “Novo Desemprego: as fragilidades de uma opção produtiva”.

O estudo salienta que em março, o primeiro mês de confinamento social, se verificou um agravamento de 34% no número de novos desempregados inscritos, face ao mesmo mês de 2019. Essa evolução refletiu-se no nível do desemprego registado no final de março que subiu 3% face a março de 2019 e 8,9% face ao mês anterior.

Segundo o autor da análise, João Ramos de Almeida, os valores percentuais são diferentes porque se tratam de dois conceitos diferentes: o conceito de desemprego ao longo do mês diz quantos desempregados se inscreverem nesse mês, mostra o fluxo, enquanto o desemprego registado mede o nível do desemprego, do número de pessoas que estão disponíveis para trabalhar num dado mês (ao final desse mês) e que não foram ocupadas pelo Instituto de Emprego.

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