“As últimas semanas cavaram um divórcio enorme entre os partidos e os cidadãos” e foram um “desastre” para a democracia portuguesa, em particular para os partidos, tanto os que suportam o Governo como os que formam a oposição.
A garantia é de Luís Marques Mendes, candidato às eleições presidenciais que deverão acontecer em janeiro de 2026. “Se os partidos não percebem isto, não percebem o que está a acontecer”, acrescentou o próprio.
Daqui para a frente, se os partidos fizerem uma “campanha eleitoral a tratar de casos em vez de causas, em ataques pessoais em vez do debate de ideias, a situação só vai agravar-se”, salientou, antes de deixar um apelo. “É preciso mudar de vida”, atirou.
Ausência de apoios partidários pode não ser vantagem
Questionado sobre se não ter apoios partidários será benéfico, mostrou dúvidas e lembrou os nomes de Mário Soares, Jorge Sampaio, Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa que “foram todos eleitos, todos com apoios partidários”, assinalou
Marques Mendes não mencionou qualquer candidato específico, mas fez algumas referências, de forma subentendida, ao Almirante Gouveia e Melo. Este último já rejeitou apoios de todos os partidos e lidera as sondagens com larga margem, ainda que nunca tenha tido atividade política.
“A questão não é ter apoios partidários, é saber se os partidos estão em boa forma ou em má forma. Se fizerem uma boa campanha, pela positiva, melhoram a forma”, sublinhou ainda.
“Os candidatos à presidência da República são todos políticos”, independentemente do “setor” de que vêm, quer sejam ou não políticos de carreira.
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