Foi há apenas um ano que o multimilionário Elon Musk concretizou a aquisição do Twitter e desde aí, tudo mudou na rede social (até o nome). A saída de metade dos anunciantes, a redução de 80% da equipa e o fim da moderação de conteúdos mudaram por completo a face do agora “X”.
Apesar de tudo, o número de utilizadores da rede social manteve-se estável e a concorrência a esta rede social ainda é pouco expressiva e está em desenvolvimento. Um ano depois, recorde os episódios mais marcantes de doze meses de turbulência de Elon Musk à frente do agora “X”.
Comprar o Twitter e despedir os principais executivos
Após finalizar o acordo de compra por 44 mil milhões de dólares (o mesmo valor em euros) e assumir o controlo da empresa na véspera do prazo dado por um tribunal dos EUA para evitar ir a julgamento, o magnata publicou esta mensagem na rede social numa alusão ao pássaro azul que constitui o logótipo.
De acordo com alguns dos principais ‘media’ norte-americanos, a primeira decisão de Musk foi a de afastar alguns dos seus principais executivos. “A razão pela qual adquiri o Twitter é porque é importante para o futuro da civilização ter uma praça comum da cidade digital, onde uma vasta gama de crenças pode ser debatida de forma saudável, sem recorrer à violência”, escrevera antes Musk, numa rara mensagem longa.
Musk e a regra do “cá se fazem, cá se pagam”
O Twitter suspendeu em dezembro as contas de vários jornalistas de publicações internacionais de renome sem qualquer explicação, embora o novo proprietário da rede social, Elon Musk, tenha dado a entender que o motivo se devia à divulgação de dados sobre o seu jato privado.
Entre os alvos da suspensão estão as contas oficiais de Donie O’Sullivan, da estação televisiva CNN, Ryan Mac, do jornal norte-americano “New York Times” e Drew Harwell, do “Washington Post”, entre outros profissionais de comunicação social que têm escrito sobre o CEO da Tesla nas últimas semanas.
Um Twitter com “demasiada publicidade”
Elon Musk afirmou no início deste ano que o Twitter tem demasiados anúncios publicitários, tendo prometido que dará passos para resolver esse cenário nas próximas semanas. Desde que comprou a rede social em questão, o empresário tem avançado com várias mudanças e já anunciou que haverá uma modalidade de subscrição mais cara que permitirá aos utilizadores evitar a publicidade.
“Os anúncios publicitários são demasiado frequentes [no Twitter] e demasiado grandes. Vou dar passos para resolver ambos os pontos nas próximas semanas”, escreveu o também dona da fabricante automóvel Tesla.
Abril, críticas mil
O fundador e ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey, criticou abertamente o atual dono da rede social, Elon Musk. Numa série de publicações feitas em abril, Dorsey diz que o bilionário que também detém a Tesla e a SpaceX já se devia “ter afastado” e que levou a plataforma “ao desnorte”.
Dorsey liderou a plataforma desde a sua fundação até à venda a Musk, no ano passado, por 44 mil milhões – um negócio que se arrastou durante meses, com inúmeras reviravoltas, e que até motivou o levantamento de alguns litígios entre as entidades que financiaram a aquisição, os acionistas da empresa e o próprio Elon Musk.
Em junho chegou a nova CEO
Linda Yaccarino, a nova CEO do Twitter, começou a trabalhar na rede social em junho, um mês depois de Elon Musk ter nomeado este antigo quadro da NBC Universal para liderar os destinos do Twitter. A nova CEO, que era diretora de publicidade na NBCUniversal, vai liderar a rede social num momento delicado da sua existência, tendo em conta o declínio das receitas de publicidade, sobretudo desde que Elon Musk comprou o Twitter.
Linda Yaccarino é um nome estabelecido na indústria dos media nos EUA: até segunda-feira, ocupava o cargo de responsável comercial da cadeia televisiva NBC Universal. Essa experiência profissional desta executiva faz todo o sentido para os analistas que consideram que se enquadra na nova estratégia do Twitter: é uma plataforma com cada vez mais publicidade e espaço para que os utilizadores e as marcas possam monetizar a sua presença.
Linda Yaccarino supervisionava o trabalho de mais de duas mil pessoas e o “The Washington Post” destaca que a gestão da nova CEO do Twitter já terá gerado uma receita em publicidade de 100 milhões de dólares à NBC Universal.
Julho: adeus Twitter e 50% das receitas de publicidade
Elon Musk, proprietário da rede social “Twitter”, admitiu em julho deste ano que a receita de publicidade desta rede social teve uma quebra de quase 50% e que o fluxo de caixa permanece em níveis negativos, assim como a existência de uma dívida significativa. A revelação do multimilionário, que parece deitar por terra as previsões de Musk para os resultados da rede em junho, surgiu na sequência de uma troca de impressões de Musk com uma utilizadora da rede social que lançou no Twitter um conjunto de sugestões de soluções financeiras que passaram por uma recapitalização da empresa.
Também em julho, Elon Musk, garantiu estar a considerar alterar o nome da marca e logótipo daquela rede social, conhecida pelo seu minúsculo passarinho azul. “Em breve diremos adeus à marca Twitter e, gradualmente, a todos os pássaros”, escreveu Elon Musk, antes de sugerir que o novo logótipo venha a ser um “X”. Assim foi.
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