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Uma exposição que elimina os limites de fronteiras culturais

No próximo dia 11, 11 artistas juntam-se em Lisboa numa mostra internacional de pintura, escultura e fotografia, a que se junta um convidado especial.
  • Gula de Ivan Pinheiro

  • Igreja da Madalena por Ângelo de Castro

  • Matthias Contzen

  • Moura de Luís Espírito Santo

  • Natalia Pitta

  • Obra de João Paulo Reino

  • Quarenta de Ricardo Abrahao

9 Novembro 2021, 15h13

A mostra Eleven Arts acolhe mais de 80 obras representativas do trabalho de artistas de nacionalidade portuguesa, brasileira, venezuelana e alemã. Vai durar dois dias e terá lugar no Coletivo 284, na Rua da Amoreiras 72A.

Trata-se de uma “exposição que elimina os limites de fronteiras culturais onde a mesma se torna plural”,  segundo o arquiteto Luís Manuel Pereira. “Estamos perante um conjunto de obras muito heterogéneo, no qual são enfatizados os diversos discursos e diálogos por vezes existentes entre este grupo de artistas, procurando a coexistência da figuração e abstração concreta e conceptual. Onze artistas nos quais conseguimos identificar facilmente uma linguagem própria e uma identidade específica, capaz de construir um léxico privado, montando narrativas onde cada obra é uma porta para a seguinte. Uma exposição onde se exploram as dicotomias artesanal/industrial e popular/erudito, assumindo essas aparentes oposições.”, acrescenta Luís Manuel Pereira.

Estas vertentes e relação estão bem patentes no trabalho dos artistas. Ângelo de Castro usa a tela para representar e pintar obras arquitetónicas de referência. Áurea Regina-Zaibon cria um novo conceito de preservar plantas. Gilvan Nunes recorre à experimentação em diferentes suportes, neste caso, a cerâmica. Ivan Pinheiro criou pinturas inéditas para esta exposição sob o lema dos sete pecados capitais. João Bruno Videira recorre à lã de Arraiolos como fio condutor, promovendo o encontro entre técnica e materiais tradicionais e o design e a arte. João Reino apresenta sete desenhos em grafite centrados nos também sete pecados capitais. Lívia Nacache apresenta os seus “repujados”, pinturas a óleo com elaborados revestimentos. Luís Espírito Santo desenvolve intervenções plásticas sobre guitarras. Natalia Pitta apresenta peças carregadas de textura e movimento em vários materiais. Ricardo Abrahão usa a fotografia para lançar um novo olhar sobre o refúgio familiar onde vivemos juntos e separados durante a pandemia. E Wanderson Alves desenvolve narrativas visuais com a sua fotografia por forma estimular a reflexão do público. O convidado especial desta primeira edição é Mathias Contzen, alemão radicado em Portugal que mostrará aqui o seu trabalho escultórico em mármore que trabalha com “o objetivo de tentar transformar a consciência em matéria”.

Com curadoria de Mónica Reis, a mostra marca o lançamento de uma série de iniciativas e de uma marca com vista a levar este conceito a outros pontos do país e do estrangeiro, como o próprio nome Eleven Arts International indica: “A nossa ideia é levar este conceito a outros pontos do país e do mundo dando a conhecer assim o trabalho de grandes artistas”.

Conheça algumas das peças que vão ser expostas na Galeria que preparámos para si.

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