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União Africana cria agência de classificação para enfrentar preconceito das agências de crédito ocidentais

“As agências globais de classificação de crédito não apenas brincaram connosco, mas falharam deliberadamente com a África”, declarou o presidente do Quénia, William Ruto, durante a apresentação da nova agência africana.
14 Fevereiro 2025, 14h22

A União Africana (UA), que reúne todos os países do continente, anunciou a criação da sua própria agência de classificação de crédito. Segundo a UA, as agências de classificação americanas, como S&P, Fitch e Moody’s, têm avaliado as nações africanas de forma sistemática e enviesada.

“As agências globais de classificação de crédito não apenas brincaram connosco, mas falharam deliberadamente com a África”, declarou o presidente do Quénia, William Ruto, durante a apresentação da nova agência africana.

Um estudo conjunto do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e do Mecanismo de Avaliação por Pares de África estimou que o custo de uma classificação enviesada chega a 75 mil milhões de dólares (71 mil milhões de euros) em oportunidades perdidas, conforme reportado pela Bloomberg.

A África procura entrar nos mercados globais, e a reclamação dos estados africanos sobre o suposto enviesamento permanente das agências de classificação mundiais, dominadas pelo trio americano, é uma questão antiga.

Para a União Africana, a má reputação creditícia prejudica as oportunidades de crescimento dos países do continente devido aos altos custos de endividamento. No entanto, ainda é incerto qual será o impacto dessa nova agência africana nas avaliações dos estados do continente.

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