A AstraZeneca garante que entregará 180 milhões de vacinas Covid-19 para a Europa no segundo trimestre. No entanto, os membros da União Europeia (UE) estão preocupados com a distribuição das vacinas e têm pedido à empresa que façam as entregas atempadamente.
Um porta-voz da Comissão referiu à “Reuters”, esta quinta-feira, que membros UE têm vindo a reunir-se com a empresa sobre garantirem as “entregas atempadas de um número suficiente de doses”. Apesar das prometidas entregas, mesmo que a AstraZeneca forneça as 180 milhões de doses no segundo trimestre, a farmacêutica ainda estará a falhar contratualmente em 300 milhões de doses até ao final de junho.
As falhas nas entregas têm-se sentido um pouco por todos os países europeus. Lorenzo Wittum, CEO e presidente da AstraZeneca em Itália, explicou que o país receberá mais de 5 milhões de doses até ao final de março, menos do que os 8 milhões acordados anteriormente. A 12 de janeiro, o ministério da saúde italiano reavaliou o plano de vacinação, reduzindo as doses esperadas da AstraZeneca no segundo trimestre para cerca de 10 milhões, dos 18 milhões iniciais, previstos em janeiro.
Na terça-feira, a “Reuters” avançou com a notícia de que a AstraZeneca esperava entregar menos de metade das vacinas Covid-19 à UE para a qual foi contratada, no segundo trimestre.
Em resposta à falta de cumprimento da Astrazeneca, Esther Lange, vice-presidente do Partido Popular Europeu, o maior do Parlamento da UE, considerou que a empresa estava “a comportar-se como um vendedor de carros usados não confiável”. “Obter dados confiáveis desta empresa ainda é um desafio”, completou.
Uma fonte próxima de Bruxelas, garantiu que durante as negociações a AstraZeneca não esclareceu quais os valores globais quanto aos fornecimentos à UE e se as restrições de exportação e questões regulatórias poderiam prejudicar o fornecimento.
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