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União Europeia preocupada com falhas nas entregas das vacinas da Astrazeneca

A empresa garante entregar 180 milhões de doses no segundo trimestre do ano à UE. No entanto, os sucessivos incumprimentos têm motivado discussões entre a UE e a Astrazeneca onde Bruxelas apela a “entregas atempadas”.
25 Fevereiro 2021, 12h24

A AstraZeneca garante que entregará 180 milhões de vacinas Covid-19 para a Europa no segundo trimestre. No entanto, os membros da União Europeia (UE) estão preocupados com a distribuição das vacinas e têm pedido à empresa que façam as entregas atempadamente.

Um porta-voz da Comissão referiu à “Reuters”, esta quinta-feira, que membros UE têm vindo a reunir-se com a empresa sobre garantirem as “entregas atempadas de um número suficiente de doses”. Apesar das prometidas entregas, mesmo que a AstraZeneca forneça as 180 milhões de doses no segundo trimestre, a farmacêutica ainda estará a falhar contratualmente em 300 milhões de doses até ao final de junho.

As falhas nas entregas têm-se sentido um pouco por todos os países europeus. Lorenzo Wittum, CEO e presidente da AstraZeneca em Itália, explicou que o país receberá mais de 5 milhões de doses até ao final de março, menos do que os 8 milhões acordados anteriormente. A 12 de janeiro, o ministério da saúde italiano reavaliou o plano de vacinação, reduzindo as doses esperadas da AstraZeneca no segundo trimestre para cerca de 10 milhões, dos 18 milhões iniciais, previstos em janeiro.

Na terça-feira, a “Reuters” avançou com a notícia de que a AstraZeneca esperava entregar menos de metade das vacinas Covid-19 à UE para a qual foi contratada, no segundo trimestre.

Em resposta à falta de cumprimento da Astrazeneca, Esther Lange, vice-presidente do Partido Popular Europeu, o maior do Parlamento da UE, considerou que a empresa estava “a comportar-se como um vendedor de carros usados ​​não confiável”. “Obter dados confiáveis ​​desta empresa ainda é um desafio”, completou.

Uma fonte próxima de Bruxelas, garantiu que durante as negociações a AstraZeneca não esclareceu quais os valores globais quanto aos fornecimentos à UE e se as restrições de exportação e questões regulatórias poderiam prejudicar o fornecimento.

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