Foi um dos momentos mais duros dos seus quatro anos de vida. Em 2023, a tempestade Ciaran (nome irlandês, lê-se Kieran) varreu com violência o Atlântico Norte. Pelo caminho, encontrou a costa portuguesa e uma pequena central com três aerogeradores flutuantes defrontou timidamente a gigante tempestade. A prova foi dura, mas foi superada: o Windfloat Atlantic resistiu a ondas de 20 metros de altura e a rajadas de vento de 140 km/h.
A Windfloat Atlantic, ao largo de Viana do Castelo, completa este ano quatro anos de vida, tendo já produzido um total de 320 GWh. Deste projeto sai eletricidade para abastecer 25 mil famílias por ano, tendoo evitado a emissão de 33 mil toneladas de emissões poluentes, disse a EDP em comunicado, uma das parceiras do projeto Ocean Winds (detido a meias com a francesa Engie). O seu desenvolvimento, construção e operação levou ao fomento de 1.500 postos de trabalho diretos e indiretos.
Aos quatro anos de vida, o projeto ganhou um novo parceiro com a entrada da Tokyo Gás que comprou 21% na empresa detentora do projeto. A companhia é a maior fornecedora de gás natural do Japão. A Windplus passou a ser detida a 65% pela Ocean Winds, a Tokyo Gas passa a controlar 21% e a espanhola Repsol fica com 13,63%.
“Estamos orgulhosos de ver que o nosso projeto progride a cada ano, tendo um impacto cada vez mais positivo. Na OW, estamos profundamente comprometidos em garantir que o nosso projeto beneficie não só o ambiente, mas também a comunidade. Este compromisso reflete-se no nosso desenvolvimento de programas educacionais, na coordenação de visitas e no envolvimento com a comunidade local em Viana, garantindo que participam ativamente nesta iniciativa local com significado internacional”, disse em comunicado José Pinheiro, diretor do projeto.
A companhia destaca também estar “profundamente comprometida em monitorizar e melhorar o desempenho ambiental do parque eólico WindFloat Atlantic ao longo do seu ciclo de vida. O projeto demonstrou ter um impacto mínimo no fundo do mar e na biodiversidade, como evidenciado por levantamentos contínuos que identificaram mais de 270 espécies a coexistirem com sucesso com o projeto, sem efeitos adversos significativos sobre os mamíferos marinhos ou espécies de aves em perigo. Além disso, os estudos mostram que as estruturas flutuantes fomentaram a vida marinha, contribuindo para um efeito de conservação e recife subaquático”.
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