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António Martins da Cruz: Unidade entre aliados “reforçada” e a “vitória” da Ucrânia em Haia

O antigo embaixador de Portugal na NATO considera que a Aliança Atlântica saiu mais forte da cimeira de Haia por três motivos, entre eles o reforço da solidariedade, tendo ficado “expressamente claro” que um ataque a um dos 32 aliados é um ataque a todos (artigo 5º).
29 Junho 2025, 17h00

O antigo embaixador de Portugal na NATO considera que a Aliança Atlântica saiu mais forte da cimeira de Haia por três motivos, entre eles o reforço da solidariedade, tendo ficado “expressamente claro” que um ataque a um dos 32 aliados é um ataque a todos (artigo 5º).

A NATO saiu mais forte e unida da cimeira em Haia?
Seguramente. Foi reforçada a unidade entre os aliados e o comunicado cita expressamente o artigo 5º , referindo que um ataque a um é um ataque a todos. O que significa que a solidariedade entre os aliados foi outra vez bem vincada. O laço transatlântico foi também reforçado. Há uma menção expressa às relações transatlânticas e a solidariedade entre aliados do Atlântico, facto que interessa particularmente a Portugal. Como somos um país europeu e simultaneamente Atlântico, o reforço dos laços transatlânticos é fundamental para a nossa segurança e defesa. Foi reafirmada a contribuição de todos para a defesa coletiva. Foi expressamente indicado a necessidade de gastar nos próximos dez anos 5% do PIB de cada um dos aliados para assegurar a viabilidade da dissuasão e defesa coletiva.

Apesar desse consenso, Espanha tem sido uma voz dissonante no que toca à meta dos 5%.
Espanha é uma voz dissonante, mas não há nada no comunicado final que exime o país de, até 2035, pagar 5%. Uma coisa são as declarações do presidente do governo espanhol, outra é o comunicado.

Mas ficará para a história da cimeira a tensão Espanha-EUA?
Fica seguramente, dadas as declarações intempestivas do presidente do governo espanhol na conferência de imprensa que se seguiu à cimeira. E o presidente norte-americano respondeu-lhe imediatamente que gostem ou não, vão ter de assumir esse compromisso.

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