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Universidade de Coimbra e empresas vão desenvolver ferramentas de apoio à gestão de risco de incêndio

O projeto é coordenado pelo especialista Domingos Xavier Viegas, dispõe de 1,5 milhões de euros de orçamento e visa melhorar a capacidade de interagir no processo de gestão do risco, incluindo no treino dos agentes..
23 Junho 2025, 17h43

Um consórcio liderado por uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) vai desenvolver um “Gémeo Digital” da floresta, isto é, uma ferramenta digital de suporte à gestão de risco de incêndio.

O projeto “ForestSphere”, coordenado pela Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial da FCTUC, conta com a participação do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), das empresas Onesource, Bold Robotics, Sim4Safety e REN e com a Comunidade Intermunicipal de Coimbra e a Câmara Municipal da Lousã e dispõe de 1,5 milhões de euros de orçamento.

Domingos Xavier Viegas, professor emérito da FCTUC e coordenador do projeto, explica: “Um gémeo digital consiste numa reprodução, em suporte informático, dos elementos mais relevantes para representar uma dada realidade física, neste caso em concreto, uma floresta, com os componentes e parâmetros requeridos para descrever e modelar os processos físicos para a sua gestão com recursos tecnológicos e humanos”.

O projeto pretende reconstituir a orografia, o coberto vegetal, as habitações e as estruturas, bem como o ambiente meteorológico, que pode influenciar os incêndios florestais, a partir de dados sensoriais obtidos por satélites e meios aéreos e terrestres.

Segundo Domingos Xavier Viegas, “recorrendo a diferentes modelos, com estes dados numéricos serão simuladas as diversas intervenções relacionadas com a gestão do risco de incêndio, desde a prevenção, ao combate e à recuperação pós-incêndio, replicando virtualmente os processos que decorrem no mundo físico”.

Os investigadores esperam, com este projeto, incorporar diversas ferramentas de apoio à decisão que têm sido desenvolvidas pela academia, a nível nacional e internacional, para melhorar a capacidade de interagir no processo de gestão do risco, incluindo no treino dos agentes.

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