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Universidade do Minho cria sensores para detetar toxinas e alergénios no peixe e frutos do mar

José Pedro Rocha, da Escola de Ciências da UMinho, lidera a equipa que desenvolveu o (bio)sensor eletroquímico capaz de detetar e quantificar toxinas e alergénios em peixe e frutos do mar. Dispositivo está pronto a ser patenteado.
27 Janeiro 2025, 17h10

Uma equipa da Escola de Ciências da Universidade do Minho liderada por José Pedro Rocha desenvolveu um (bio)sensor eletroquímico capaz de detetar e quantificar toxinas e alergénios em peixe e frutos do mar. Ricos em proteínas, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais, os peixes e frutos do mar oferecem numerosos benefícios para a saúde, mas também podem provocar alergias e intoxicações alimentares.

Os sensores permitem análises descentralizadas realizadas pelas próprias indústrias pesqueiras, eliminando a necessidade de recorrer a laboratórios de análises certificados.

“Este sensor é o primeiro do género desenvolvido para detetar a toxina TTX, que é extremamente perigosa, sendo 100 vezes mais tóxica que o cianeto. Além disso, pode ser adaptado para analisar alergénios, como a parvalbumina, o principal alergénio presente nos peixes”, adiantam os investigadores. 

Estes (bio)sensores, semelhantes aos utilizados para medir o nível de glicose em diabéticos, são de baixo custo, de análise rápida e a sua elevada portabilidade e praticidade possibilitam que esta tecnologia seja usada in situ por operadores da indústria pesqueira, acrescentam.

Desta forma, em caso de resultado positivo, “permitem interromper uma captura em massa, evitando o desperdício alimentar e de recurso”, salientam os investigadores.

O dispositivo foi desenvolvido com a colaboração do LAQV/REQUIMTE (polo GRAQ) e Faculdade de Química da Universidade espanhola de Vigo e está pronto para ser patenteado.

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