A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou esta quarta-feira o “investimento significativo” feito por Portugal na área da transição energética. Ursula von der Leyen identificou Portugal como um dos países mais afetados pelas alterações climáticas e salientou que o país deve procurar encontrar uma forma de transportar o excedente de energia renovável para os outros países.
“Portugal é um dos países mais afetados pelas alterações climáticas: tem uma longa costa, tem furacões, cheias e fogos florestais de grande dimensão que já causaram um grande impacto – no ano passado morreram 60 pessoas”, afirmou Ursula von der Leyen, numa intervenção na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, sobre as conclusões do Conselho Europeu da semana passada.
A presidente do executivo comunitário referiu que “Portugal começou a sua transição para energias limpas em 2005 e investiu de forma significativa desde então”. “Em 2023, [Portugal] vai encerrar a última mina de carvão mineral, já tem um excedente de energia renovável e, juntamente com o governo holandês, está a trabalhar e a preparar a energia de hidrogénio verde”, disse, referindo-se ao encerramento das centrais de carvão de Sines e do Pego.
O desafio agora é, segundo Ursula von der Leyen, “como transportar a sua energia renovável através de Espanha e de França para os outros países onde esta energia é necessária”.
“De uma perspetiva portuguesa, o Pacto Ecológico Europeu tem a ver com infraestruturas de energia, com as interligações e com a adaptação às alterações climáticas”, sublinhou.
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