A exportação de vacinas da União Europeia (UE) para o resto do mundo pode vir a enfrentar graves interrupções devido às restrições mais pesadas que Ursula von der Leyen prepara-se para divulgar esta quarta-feira.
O atual regime de exportação da UE garante que o fornecimento para cerca de 90 países não seja interrompido e também oferece proteção a empresas como a Pfizer e a Moderna, que cumpriram seus compromissos na Europa. As restrições a serem anunciadas têm como alvo a AstraZeneca que não tem cumprido com os compromissos contratuais, disse um membro do executivo comunitário à Bloomberg”, esta terça-feira.
Estas novas restrições poderão potencialmente bloquear todas as exportações para países que não têm contribuído com o fornecimento de doses de vacinas contra a Covid-19 ou países países que tenham altas taxas de vacinação ou capacidade de produção.
O “tiro” foi dirigido ao Governo do Reino Unido e à farmacêutica AstraZeneca, que continua muito longe de cumprir as suas obrigações contratuais com o executivo comunitário, em termos de fornecimento de doses. Von der Leyen confirmou que, em vez dos 180 milhões de doses que eram esperados no segundo trimestre do ano, poderão chegar apenas 70 milhões — ou nem isso, se a empresa voltar a experimentar “dificuldades” de fabrico e distribuição.
O conflito entre a Comissão e a farmacêutica anglo-sueca arrasta-se desde o final de Janeiro, quando a empresa informou Bruxelas de que, apesar dos seus “melhores esforços”, não estava em condições de entregar as quantidades de vacinas previstas no contrato de aquisição prévia assinado no verão.
De acordo com o calendário estabelecido, a AstraZeneca deveria fornecer 90 milhões de doses no primeiro trimestre de 2021. Depois de uma difícil renegociação com a Comissão, a empresa comprometeu-se a entregar 40 milhões de doses, mas esse valor já foi novamente reduzido para 30 milhões de doses.
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