A vacinação contra a Covid-19 irá acelerar em Lisboa, dado o aumento da incidência da doença nesta região que levou a uma revisão das medidas de contenção. A população na faixa dos 40 anos poderá começar a ser vacinada a partir de 6 de junho, sendo que a faixa dos 30 anos verá o processo aberto a partir de 20 do mesmo mês, anunciaram as autoridades de saúde locais e nacionais esta terça-feira.
A inversão da tendência de abrandamento na cidade de Lisboa e concelhos circundantes levaram as autoridades de saúde nacionais e locais, em conjunto com o Governo e Câmara Municipal de Lisboa (CML), a antecipar várias das medidas preventivas desenhadas para a região, incluindo vários planos de testagem.
Lisboa encontra-se agora com 143 casos confirmados por 100 mil habitantes e um índice de transmissibilidade de 1,14, acima das linhas vermelhas definidas para ambos os indicadores.
Assim, as populações escolares, incluindo pessoal docente e assistentes não-docentes, verão as campanhas de testagem e sensibilização começarem mais cedo do que inicialmente previsto. Para o programa de testagem e alunos, docentes e não docentes do secundário, a data de início em Lisboa é agora 27 de maio, sendo que esta passa para 31 de maio ou 1 de junho no caso dos docentes e não-docentes dos restantes níveis de ensino.
Simultaneamente, as autoridades de saúde contactaram 23 institutos e universidades do ensino superior que mostraram a sua abertura para anteciparem estas campanhas de testagem e sensibilização, embora a frequência destes espaços nesta altura do ano seja diminuta.
As populações de migrantes serão também alvo de uma campanha desta natureza, que arranca a 27 de maio na capital, depois da atualização das autoridades de saúde do plano para Lisboa.
No que respeita à restauração e similares, o programa de testagem arrancará a 31 de maio em zonas onde haja uma grande concentração de restaurantes típicos. Similarmente, as zonas de maior frequência noturna de jovens, onde os ajuntamentos são frequentes, passarão a contar com unidades móveis disponíveis para a testagem e sensibilização dos cidadãos.
Parte da preocupação do Governo passa pela possibilidade de alastramento da doença às regiões próximas, tal como sucedeu dentro da região, com a maior incidência verificada nas freguesias do centro a propagar-se às zonas mais periféricas da cidade.
Ao mesmo tempo, e dada a maior população existente na capital, o programa de vacinação corre a uma velocidade ligeiramente mais baixa do que no resto do país, havendo de momento 32% da população lisboeta com pelo menos uma dose da vacina. Esta era, recorde-se, a percentagem da população nacional com pelo menos a primeira dose do fármaco há uma semana.
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