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Vacinação em lares de idosos e em pessoas com comorbilidades deve terminar a 11 de abril

“Naturalmente ficarão pequenas bolsas que não conseguiremos contactar, mas a grande maioria desta comunidade estará fechada até 11 de abril”, destacou o coordenador.
  • António Cotrim/Lusa
31 Março 2021, 11h45

O coordenador da task force da vacinação contra a Covid-19 em Portugal admitiu que o processo de vacinação nas estruturas residenciais para idosos e em pessoas com idades superiores a 50 anos que apresentam comorbilidades deve terminar a 11 de abril.

“Previmos fechar 100% das ERPIs [Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas], pessoas com mais de 80 anos e entre os 50 e 80 anos com comorbilidades de tipo um até 11 de abril”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, responsável pela task force, na audição da Comissão da Saúde.

“Naturalmente ficarão pequenas bolsas que não conseguiremos contactar, mas a grande maioria desta comunidade estará fechada até 11 de abril”, destacou o coordenador.

O vice-almirante Gouveia e Melo sublinhou que a “prioridade está em salvar vidas e também sobre a resiliência”. “O que tentei fazer enquanto coordenador, foi garantir a coerência da estratégia através da percentagem de vacinas que alocava a salvar vidas versus a percentagem de vacinas que colocava à resiliência”, afirmou, esclarecendo que a diferença fica em 90% dedicada aos grupos prioritários e a salvar vidas e 10% dedicados à resiliência.

A comunidade educativa, que iniciou a vacinação no passado fim de semana, situa-se no grupo de resiliência, uma vez que se tratam de 200 mil vacinas. “Cerca de 200 mil pessoas vão ser vacinadas na transição da primeira para a segunda fase, quando o salvar vidas estiver praticamente resolvido a 100%”.

“No fim de semana a seguir [depois de 11 de abril] irá fazer-se o grande impulso no ensino, que são as tais 200 mil vacinas”, sustentou Henrique e Melo.

Este método de vacinação serve ainda “para testar as nossas metodologias de vacinar 100 mil pessoas de cada vez, que têm de ser praticadas antes de entrarmos em funcionamento no início de maio com esse ritmo de vacinação”, destacou o vice-almirante. O coordenador já tinha dito que o plano da task force é vacinar entre 95 a 100 mil pessoas diariamente em abril e maio, de forma a imunizar a população portuguesa com maior rapidez.

Ainda sobre as vacinas, o vice-almirante garantiu que a task force só utiliza as vacinas que tem ao alcance e que são aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), sendo que o Infarmed é quem conduz o plano das vacinas aprovadas. Atualmente estão disponível vacinas da Pfizer/BioNTech, AstraZeneca/Oxford e Moderna.

Relativamente ao uso da vacina da AstraZeneca, o vice-almirante destacou que esta se mantém no plano de vacinação dado que a EMA “não mudou a sua posição sobre a AstraZeneca” e “não cria qualquer restrição à utilização desta vacina, dizendo que as vantagens superam qualquer inconveniente”.

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