[weglot_switcher]

Vacinados com três a seis vezes menos probabilidade de morte por Covid-19 em dezembro

Os dados das autoridades de saúde nacionais mostram ainda que a dose de reforço resulta em metade do risco de internamento do que apenas o esquema vacinal completo, segundo o relatório de monitorização das linhas vermelhas da pandemia.
Câmara Municipal de Lisboa
14 Janeiro 2022, 20h54

As pessoas com o esquema vacinal completo contra a Covid-19 mostraram uma probabilidade de morte três a seis vezes menor do que no caso dos não-vacinados, isto olhando para os dados da pandemia em Portugal durante o mês de dezembro. O relatório de monitorização das linhas vermelhas divulgado esta sexta-feira que a incidência, a proporção de positividade e a de notificações em atraso estão todas acima dos valores limites definidos pelas autoridades de saúde portuguesas.

Também o risco de internamento para quem tem a dose de reforço da vacina contra a doença causada pelo coronavírus parece ser metade do que para quem tem apenas o esquema completo.

O país mostra uma “tendência fortemente crescente a nível nacional e em todas as regiões”, com 4.036 casos por cada 100 mil habitantes e um risco de transmissibilidade, ou R(t), de 1,19 a nível nacional. Na faixa etária acima dos 65 anos, a incidência estava nos 1.499 casos.

Já a proporção de testes positivos foi de 14,0%, o que fica muito acima do limiar de 4,0% definido para uma situação de baixo risco pandémico. Simultaneamente, a proporção de casos notificados com atraso também excedeu o limite de 10,0%, situando-se nos 15,6%.

Esta situação reflete-se num aumento da pressão nos cuidados de saúde e dos óbitos no país, apesar de ambos os indicadores se situarem em valores menos preocupantes do que os restantes. A ocupação de camas em unidades de cuidados intensivos chegou aos 162 doentes, o que ainda fica abaixo dos 170 considerados compatíveis com um baixo risco.

Por outro lado, os óbitos ainda não superam a linha vermelha dos 50 por cada milhão de habitantes, tendo-se ficado pelos 25,5. Ainda assim, as autoridades de saúde alertam para uma possível inversão da tendência estável neste indicador, que tem vindo a crescer consideravelmente nos últimos dias.

Assim, e apesar da “provável menor gravidade” da infeção causada pela variante Ómicron, que é dominante em Portugal e responsável por 93,2 dos casos diagnosticados, a sua rápida transmissibilidade tem colocado mais pressão nos serviços de saúde.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.