A variante Delta do novo coronavírus tem atualmente uma prevalência de 98,6% em Portugal. A informação foi avançada na reunião no Infarmed que decorre esta terça-feira, 27 de julho, pelo microbiologista João Paulo Gomes, do Instituto Nacional Ricardo Jorge.
“A variante Delta espalhou-se muito rapidamente por todo o país, que está em todas as regiões com uma prevalência superior a 95%. É uma variante muito mais transmissível e com mais cadeias de transmissão. Não há muito mais para descobrir deste vírus no que diz respeito a novas mutações, mas há novas combinações de mutações. A vacina tem sido eficaz com todas as mutações”, afirmou.
O microbiologista adiantou que atualmente já foram detetados três casos da variante Delta plus no mês de julho e apenas dois casos da variante Lambda, um em abril e outro em junho. Esta variante apresenta ligações nas regiões do Perú e Chile, mas não tem qualquer expressão em Portugal.
“A maior parte dos países da União Europeia já tem a variante Delta como dominante. A curto prazo e no presente cenário esperam-nos novas combinações de mutações que naturalmente serão sempre de preocupação, não ao nível de causarem mais infeções, porque a vacina está a ser comprovadamente a ser eficaz em todo o mundo onde ela está a ser administrada. Mas preocupação em termos de apenas os vírus que consigam lidar melhor com o nosso sistema imunitário serão aqueles que começaram a circular na nossa população”, explicou João Paulo Gomes.
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