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Venezuela dá 72 horas a portuguesa embaixadora da União Europeia para sair do país

“Estamos a ter esta atitude porque as circunstâncias o exigem”, justificou o chanceler da Venezuela. A decisão surge na sequência da UE ter imposto sanções a autoridades venezuelanas, esta semana.
24 Fevereiro 2021, 17h27

O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, impôs, esta quarta-feira, 72 horas para que a embaixadora da União Europeia (UE) abandonasse o país, segundo a “Reuters”.

A decisão surge na sequência de a UE ter avançado com novas sanções às autoridades venezuelanas esta semana. Ao anunciar a ação contra a portuguesa Isabel Brilhante, Arreaza descreveu as sanções contra 19 funcionários venezuelanos como “verdadeiramente inaceitáveis”. “Estamos a ter esta atitude porque as circunstâncias o exigem”, justificou Arreaza.

Na terça-feira, o parlamento venezuelano, de maioria “chavista”, aprovou por unanimidade, uma resolução onde se pedia ao Governo de Nicolás Maduro que declare persona non grata a embaixadora da União Europeia (UE), a portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa.

As sanções da UE foram uma resposta às eleições legislativas vencidas pelos aliados do presidente Nicolas Maduro, que a oposição da Venezuela e muitas democracias ocidentais consideraram fraudulentas.  Na segunda-feira, a UE acrescentou 19 pessoas à lista de sanções que visam personalidades do regime venezuelano, devido ao seu “papel em atos e decisões que minam a democracia e o Estado de Direito” no país. Atualmente, no total, existem 55 personalidades que estão proibidas de viajar para a Europa e têm os seus bens congelados em espaço europeu.

O que está a acontecer agora não é novidade, sendo que em 2020, a Venezuela voltou atrás na promessa de expulsar a representante da UE do país, uma medida tomada em resposta a uma ronda anterior de sanções, em 2020.

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