O caso foi avançado pela própria jornalista na rede social twitter, e mais tarde confirmado pelo secretário-geral da SNTP.
“Estou a ser expulsa sem razão aparente”, lamentou Annika Rothstein, antes do voo de regresso para Paris.
“Estou sentada no avião, a chorar. Levaram o meu passaporte e não sei onde é que estão as minhas coisas. Não sei também se alguma vez poderei voltar à Venezuela”, acrescentou.
Annika Rothstein, que já trabalhou no passado como jornalista na Venezuela, foi detida e interrogada por quatro oficiais sem que lhe tivesse sido dada qualquer explicação, disse à agência France-Presse (AFP) o porta-voz da SNTP.
“É recorrente. Eles não dão nenhuma explicação”, afirmou Marco Ruiz. “Acho que é porque a Annika não tinha visto de trabalho. No entanto, a ausência de visto não deve conduzir automaticamente à expulsão”, frisou.
Sem mencionar explicitamente o caso de Annika Rothstein, o chefe da diplomacia da Venzuela, Jorge Arreaza, escreveu depois no Twitter: “Os jornalistas de todo o mundo sabem que (…) para trabalhar legalmente na Venezuela, devem antes de tudo ser acreditados”.
“Há [na Venezuela] 50 meios de comunicação estrangeiros cujo pessoal é devidamente acreditado”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Em 27 de fevereiro, Annika Rothstein falou perante o Parlamento venezuelano, o único órgão do poder venezuelano controlado pela oposição, para denunciar um ataque de que havia sido vítima, dias antes, por parte dos “coletivos” [milícias maduristas].
Nos últimos anos, vários jornalistas estrangeiros foram detidos e expulsos da Venezuela por não terem visto de trabalho.
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