As forças de segurança secretas, leais a Nicolás Maduro, invadiram todo o edifício, incluindo o gabinete do presidente da Assembleia e líder da oposição, Juan Guaidó, esta manhã de terça-feira.
A operação foi justificada pela alegada existência de uma bomba no local, escreve o “El Universal”, que aconteceu horas antes da realização de uma sessão para debater a insurreição militar fracassada contra o Presidente Nicolás Maduro.
“Funcionários do Sebin, com a desculpa de que há um artefacto explosivo dentro das instalações, tomaram o Palácio Federal”, afirmou a deputada Manuela Bolivar à AFP.
Segundo o presidente auto-proclamado e figuras aliadas, quinze agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) e elementos da Assembleia Constituinte entraram no edifício, bloquearam a entrada e terão arrombado as gavetas da presidência e da vice-presidência. Este ano, é a terceira vez que os serviços secretos cercam o local.
Cree que el Poder está en los edificios, en las gavetas, en un manojo de llaves.
— Juan Guaidó (@jguaido) May 14, 2019
El Poder que alguna vez tuvieron lo perdieron cuando perdieron al Pueblo.
¡Y esta AN sí fue electa por la gente y defenderá su legitimidad! #ANPorVenezuela
En este momento 15 funcionarios del SEBIN ingresan al Palacio Federal Legislativo por supuesto artefacto explosivo dentro de las instalaciones, ningún funcionario del parlamento puede ingresar
— Roberto Campos (@robertocs72) May 14, 2019
Juan Guaidó, reconhecido desde janeiro por várias nações, incluindo Portugal como presidente interino da Venezuela, reagiu à invasão da Assembleia numa série de tweets. Para o presidente auto-proclamado, o cerco representa o “medo da legitimidade da Assembleia” e diz que Maduro, a quem chama “cobarde”, suspeita de todos os que o rodeiam. “Acham que o poder está nos edifícios, nas gavetas, num par de chaves. O poder que um dia tiveram, perderam-no quando perderam o povo”, continuou.
A conta oficial da Assembleia Nacional partilhou um vídeo onde é possível ver os militares no local e testemunhos de vários deputados da oposição a falar em direto a partir do local. Denunciam o cerco e a “perseguição” do regime.
¿A qué le teme el régimen? Desde la #AsambleaVE seguimos informando el apoyo del mundo a la lucha por la libertad de Venezuela. pic.twitter.com/HRN19aByUP
— Asamblea Nacional (@AsambleaVE) May 14, 2019
Declaraciones del Dip. @JuanPGuanipa entorno al secuestro del palacio Federal Legislativo de la #AsambleaVE por parte de funcionarios del SEBIN #14May https://t.co/NLqJw4nQsR
— Asamblea Nacional (@AsambleaVE) May 14, 2019
A Assembleia Nacional é dominada pela oposição a Nicolás Maduro que, para a contornar, estabeleceu a Assembleia Constituinte, plena dos seus apoiantes
Esta ocupação ocorre depois de, a 8 de maio, o Supremo Tribunal da Venezuela emitir mandados de detenção contra sete deputados, após a aprovação de um decreto nesse sentido pela Assembleia Constituinte. No dia seguinte à noite o Sebin deteve, também, o vice-presidente da Assembleia Nacional e braço direito de Guaidó, Edgar Zambrano.
O serviço de informação nacional, Sebin, foi criado em 2010 pelo então Presidente Hugo Chávez, substituindo a Direção de Serviços de Informação e de Prevenção (DISIP). Com cerca de 2 mil agentes, a principal função do Sebin seria, afirmou Chávez, lutar contra ainsegurança.
em atualização
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