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Ventura cita Passos Coelho: “Não se põe um país a pão e água por mera precaução, só por patriotismo”

O deputado único e presidente demissionário do Chega, André Ventura, trouxe o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho a debate para dizer que o país não deve ficar a pão e água por “mera precaução” e criticou o aumento dos preços da gasolina.
  • Mário Cruz/Lusa
25 Fevereiro 2021, 17h03

O Chega criticou esta quinta-feira o Governo por ter falhado nas promessas que fez aos portugueses e por ter deixado o país “a pão e água”. O deputado único e presidente demissionário do Chega, André Ventura, trouxe o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho a debate para dizer que o país não deve ficar a pão e água por “mera precaução” e criticou o aumento dos preços dos combustíveis.

“Pedro Passos Coelho dizia: ‘Estas medidas punham o país a pão e água. Não se põe um país a pão e água por mera precaução, deve-se fazê-lo apenas por patriotismo’. Tenho medo, pena e vergonha que António Costa não aprenda com Passos Coelho aquilo que é gerir um país em tempos de crise”, referiu André Ventura, no debate sobre a renovação do estado de emergência até 16 de março, no Parlamento.

André Ventura afirmou que, agora que vários países da Europa começam a desconfinar, Portugal continua ainda fechado, “por ser a única solução possível para um Governo que falhou tudo e que não foi capaz de prever o que aí vinha”. “As grandes apostas que o Estado fez falharam. Falhámos nos testes, na vacinação, quando dissemos que tínhamos um dos melhores SNS do mundo, e no programa Apoiar.pt”, elencou.

“Gastamos dinheiro em tudo e mais alguma coisa e depois percebemos que tudo desceu em Portugal exceto duas coisas: o preço da gasolina e o desemprego. É o país que temos para dar às pessoas depois de anos de sacrifício e meses de confinamento. Um país que aumenta os preços da gasolina, o custo de vida e que reduz salários e emprego e destrui aqueles que por si fizeram”, atirou.

O decreto presidencial é praticamente idêntico ao anterior, continuando a prever a possibilidade de serem suspensas ou limitadas as chegadas a Portugal, a mobilização de “profissionais de saúde reformados e reservistas ou que tenham obtido a sua qualificação no estrangeiro” para a prestação de cuidados de saúde, a proibição da “divulgação de saldos, promoções ou liquidações” e a proibição ou limitação das aulas presenciais.

Este é o décimo segundo estado de emergência a ser aprovado na Assembleia da República devido à pandemia de Covid-19. O Conselho de Ministros deverá anunciar ainda tarde as medidas que vão vigorar no período definido.

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