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Via Verde ganha concurso internacional de 16 milhões de euros

A empresa da Brisa, a par com a A-to-Be, foi eleita no concurso para gerir a cobrança de portagens na autoestrada A24, que serve a zona de Roterdão, nos Países Baixos.
23 Dezembro 2022, 15h24

A Via Verde e a A-to-Be, uma empresa de tecnologia para mobilidade urbana, ganharam um concurso internacional de 16 milhões de euros para a gestão de cobrança de portagens na autoestrada A24, que serve a zona de Roterdão, nos Países Baixos.

A dupla de empresas detidas pela Brisa ficou com o contrato, com a duração de dois anos, que prevê a cobrança de portagens 100% eletrónicas na A24, que liga duas das principais autoestradas na área de Roterdão, a A15 e a A20. A Via Verde propôs uma solução digital desenvolvida pela A-to-Be a partir de Portugal.

O acordo assinado entre as partes estabelece dois anos de implementação da tecnologia e cinco anos de operação, sendo que este tempo pode ser estendido por mais dois períodos opcionais de dois anos cada.

Ademais, “contempla vários requisitos ESG (Environment, Social e Governance), entre eles, políticas de carbono zero e a inclusão na força de trabalho de pessoas portadoras de deficiência ou de baixos recursos”, de acordo com a informação transmitida esta sexta-feira, em comunicado, pela Via Verde.

Para o presidente da comissão executiva da Via Verde, ganhar este contrato tem importância, porque os Países Baixos são um mercado “sofisticado” e tem “exigências ao nível da sustentabilidade, qualidade, dimensão e cobertura da sua rede de autoestradas, considerada uma das melhores do mundo”.

“A entrada da Via Verde, com a A-to-Be, nos Países Baixos mostra a capacidade do grupo para responder às necessidades e requisitos de qualquer mercado, com agilidade e capacidade de adaptação. As empresas portuguesas conseguem ser muito competitivas e ganhar concursos aos melhores players mundiais”, afirma Eduardo Ramos, na mesma nota partilhada com a comunicação social, lembrando que a Via Verde foi pioneira há 31 anos na cobrança de portagens.

“A solução MoveBeyond Tolling BackOffice que vamos aplicar neste projeto foi totalmente desenvolvida em Portugal, encontrando-se também implementada e testada em vários clientes nos Estados Unidos. Este novo contrato representa para a A-to-Be um marco muito importante, dado que confirma a estratégia de aposta no mercado europeu, e desde logo num dos países considerados prioritários”, comentou Marta Sousa Uva, presidente da comissão executiva da A-to-Be.

A A-to-Be ficará assim com a parte tecnológica, enquanto a Via Verde vai gerir o serviço de pagamento de portagens e a relação com os clientes finais. As empresas da Brisa foram escolhidas numa short-list de cinco concorrentes da Alemanha e de França. “Corresponde também à primeira internacionalização conjunta da Via Verde e da A-to-Be, modelo que pretendemos repetir noutras oportunidades”, acrescenta Marta Sousa Uva.

“São, pela fiabilidade da solução proposta, os melhores parceiros para o sucesso deste projeto, tendo em conta, que para a RDW [autoridade dos transportes neerlandesa], o mais importante é ter um sistema de portagens simples e acessível para todos os condutores”, referiu Jan Strijk, que gere a unidade de cobrança de portagens da RDW.

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