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Viagens de empresários cabo-verdianos continuam dificeís por causa dos vistos

A Câmara de Comércio do Barlavento está também a preparar uma missão empresarial à ilha da Madeira.
13 Maio 2019, 18h45

O diretor do Gabinete de Promoção Empresarial da Câmara de Comércio do Barlavento (CCB) disse esta segunda-feira, no Mindelo, que “não está fácil” organizar deslocações de empresários de Cabo Verde ao exterior por dificuldades na obtenção de vistos.

José Lopes, em conferência de imprensa para abordar a importância das missões empresariais da CCB ao exterior, respondeu a perguntas dos jornalistas e pediu “sensibilidade maior e alguma flexibilidade” ao Centro Comum de Vistos (CCV) já que, “se as coisas continuarem como estão”, as possibilidades de organização de missões tornam-se “cada vez mais difíceis” ou até impraticáveis.

O responsável por este gabinete frisou que não está a “pedir nenhum tratamento de favor”, mas entende que os interesses são de ambos os lados: de Cabo Verde, que procura o exterior para desenvolver negócios, e dos próprios países que os empresários visitam.

“Acreditamos, por isso, que no futuro possa haver uma abertura maior porque percecionamos que as dificuldades, a burocracia e as exigências são cada vez maiores”, concretizou José Lopes. “Mas estamos em diálogo permanente e esta questão já foi colocada às instâncias cabo-verdiana, mas sobretudo estamos num diálogo construtivo com as representações dos países”, precisou.

José Lopes apontou também o reforço do diálogo entre as partes para aguardar que “as coisas possam melhorar” no futuro. “Um diálogo maior pode favorecer, e sempre que houver dúvidas a via terá que ser a do diálogo, pois a CCB terá a porta sempre aberta para esclarecimentos sobre os pedidos de visto que liderar”, asseverou, em declarações aos meios de comunicação social.

Num outro ponto da sua comunicação, o diretor do Gabinete de Promoção Empresarial da CCB informou que a instituição tem em preparação, para início do mês de junho, uma missão às Ilhas Canárias que tem como base “a retoma e o reforço dos laços empresariais e institucionais” com a Câmara de Comércio, Industria e Navegação de Las Palmas.

Trata-se, sintetizou, de uma feira multissectorial em que participarão várias empresas de vários quadrantes e sectores, e a missão deve permitir aos empresários cabo-verdianos uma visita à Fisaldo, uma feira de oportunidades.

Logo a seguir a esta missão será anunciada uma outra, desta feita à ilha da Madeira, em Portugal, que contempla a participação na Expo Madeira, no quadro das relações da CCB com a Associação Comercial da Madeira.

José Lopes considerou que quando a CCB prepara qualquer missão empresarial ao estrangeiro “o foco principal é aumentar a competitividade” da economia de Cabo Verde, “numa palavra”, concretizou, “internacionalizar a atividade das empresas e a própria economia”, obedecendo a uma estratégia lado-a-lado com os sectores estratégicos da economia do arquipélago, definidos pelo Governo.

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