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Vice-almirante destacado na imprensa internacional pela liderança no processo de vacinação contra a Covid-19

Gouveia e Melo admite que está próximo de dizer “missão cumprida” uma vez que prevê que até ao final do mês 85% da população esteja completamente vacinada — uma meta, que segundo a “Associated Press” é “cobiçada por muitos países que ainda lutam contra as garras da variante Delta, altamente infeciosa e que enfrentam atrasos nos planos de vacinação”.
  • Manuel de Almeida/Lusa
23 Setembro 2021, 13h27

A agência internacional “Associated Press” (AP) destacou o trabalho do vice almirante Henrique Gouveia e Melo e coordenador da task force para o plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal, numa peça intitulada de “Oficial da Marinha elogiado pelo processo de vacinação em Portugal“.

“Enquanto Portugal aproxima-se cada vez mais da meta de vacinar 85% da população contra a Covid-19 em apenas nove meses, outros países na Europa, e além, querem saber como é que o objetivo foi alcançado”, começa por referir o artigo, explicando que “muito desse crédito é dado ao vice almirante Henrique Gouveia e Melo” que com a sua equipa composta pelos três ramos das Forças Armadas, conseguiu assumir e concretizar o compromisso de vacinar o país desde de que assumiu funções enquanto coordenador da task force, em fevereiro deste ano — altura em que Portugal ultrapassava a pior fase da pandemia em número de casos diários, internamentos e mortes por dia.

Embora seja comum as Forças Armadas estarem envolvidas do processo de vacinação noutros países, elucida a “AP”, em “Portugal foi lhes dada um papel de liderança”.

“Os militares estão habituados a trabalhar sob stress e em ambientes incertos”, explicou Gouveia e Melo à agência. “São organizados, têm uma boa estrutura de logística … e geralmente estão muito focados na missão”, frisou.

Atualmente, e de acordo com o relatório de vacinação da Direção-Geral de Saúde (DGS), da passada terça-feira, mais de 83% da população está vacinada contra a Covid-19, e segundo Henrique Gouveia e Melo, Portugal deverá chegar à meta dos 85% já no final do mês de setembro.

“Juntamente com o aumento do número de vacinas, a taxa de infecção por Covid-19 e as hospitalizações pelo vírus caíram para os níveis mais baixos em quase 18 meses”, lê-se no artigo, onde frisa que “Portugal poderá acabar com muitas das suas restrições à pandemia já em outubro — uma meta cobiçada por muitos países que ainda lutam contra as garras da variante Delta altamente infecciosa e enfrentam atrasos nos planos de vacinação”.

Fazendo referência ao facto do vice almirante nunca ter despido o uniforme desde de que assumiu funções como coordenador da task force, a “AP” recorda ainda o seu passado: “liderou a Euromarfor, a Força Marítima da União Europeia, e contabiliza o maior número de horas no mar do que qualquer outro oficial da Marinha portuguesa em serviço”. O seu passado militar, explica a agência Tiago Correia professor da Universidade Nova de Lisboa, permitiu “distanciar-se de toda a política” e garantir a confiança do público.

“O uniforme… foi importante para as pessoas perceberem a necessidade de arregaçarmos as mangas e combatermos o vírus”, explicou Henrique Gouveia e Melo à agência..

O papel do vice almirante, que agora é destacado na imprensa internacional, também foi reconhecido entre outros líderes europeus que o próprio decidiu não identificar à “AP”. E embora esteja próximo de dizer “missão cumprida”, Henrique Gouveia e Melo admite sentir alguma “hesitação” uma vez que existe uma discrepância no nível de vacinação entre os países mais ricos e os mais pobres. Em declarações à agência noticiosa, o coordenador da task force não descarta a possibilidade de “variantes do vírus voltarem para atormentar Portugal”.

“Ganhámos a batalha. Não sei se algum dia venceremos a guerra contra o vírus. Isto é uma guerra mundial”, afirmou o vice almirante Henrique Gouveia e Melo em declarações à “Associated Press”

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