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‘Vice’ de Rui Rio diz que regresso de Cristina Ferreira à TVI é um “negócio pornográfico”

“Face aos 15 milhões de ajuda do Governo às empresas de comunicação social, o regresso de Cristina Ferreira à TVI é um negócio pornográfico”, escreveu David Justino, na sua conta oficial no Twitter.
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Tiago Petinga/Lusa
18 Julho 2020, 16h27

O vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD) David Justino considera que o regresso da apresentadora Cristina Ferreira à TVI é um “negócio pornográfico”, tendo em conta os apoios de 15 milhões de euros anunciados pelo Estado para ajudar as empresas de comunicação social a ultrapassar as dificuldades económicas e financeiras provocadas pela pandemia da Covid-19.

“Face aos 15 milhões de ajuda do Governo às empresas de comunicação social, o regresso de Cristina Ferreira à TVI é um negócio pornográfico”, escreveu David Justino, na sua conta oficial no Twitter.

O regresso de Cristina Ferreira à TVI já foi oficialmente confirmado esta sexta-feira, depois de há cerca de dois anos ter protagonizado a transferência do ano na comunicação social nacional, quando trocou o canal que a tornou conhecida pela SIC. A apresentadora vai agora ocupar o lugar de diretora de Entretenimento e Ficção da TVI e já “manifestou junto da Prisa a intenção de adquirir uma participação no capital social da empresa“.

Segundo informação avançada pelo jornal ‘Correio da Manhã’, Cristina Ferreira vai ganhar na TVI “quase três vezes mais” do que ganhava na SIC. A apresentadora deverá ter um “salário galáctico de 2,6 milhões de euros” por ano, o que, juntamente com os ganhos publicitários, pode chegar a quase 3 milhões de euros. Na SIC, Cristina Ferreira ganhava cerca de um milhão de euros por ano.

O ‘Correio da Manhã’ diz ainda que Cristina Ferreira “vai ser administradora não-executiva da Media Capital, com uma participação de 1 a 2 por cento” e que foi o o empresário Mário Ferreira, que em maio comprou 30% da Media Capital por 10,5 milhões de euros, quem “liderou as negociações com Cristina Ferreira”.

Em comunicado, a SIC veio “lamentar a decisão abrupta e surpreendente” da apresentadora, dizendo que Cristina Ferreira “decidiu cessar unilateralmente a sua ligação à SIC, colocando termo ao contrato que a vinculava até 30 de novembro de 2022”.

O ‘Expresso’ avança que a SIC vai pedir uma indemnização de 4 milhões de euros pela ruptura “unilateral” do contrato. Cristina Ferreira já não vai apresentar “O Programa da Cristina” na próxima segunda-feira e deverá iniciar funções a 1 de setembro na TVI.

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