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Violência nos bairros: o Governo deve “aplicar” medidas nos próximos dias, diz Marcelo

Os episódios de violência multiplicam-se desde a morte de Odair Moniz, que foi atingido a tiro no fim-de-semana por um agente da PSP. Agora cabe ao Governo agir com medidas ao nível da segurança e de âmbito social.
António Pedro Santos/Lusa
24 Outubro 2024, 21h25

A “tarefa” do Governo nos próximos dias passa por “aplicar” as medidas que anunciou esta quinta-feira, garantiu o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. As declarações surgem no âmbito da violência que se viveu nos últimos dias em bairros espalhados pelo país, particularmente na Grande Lisboa.

Tudo começou com a morte de Odair Moniz, atingido a tiro por um agente da PSP no fim de semana. Em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado disse que só após a aplicação das medidas pensa visitar os bairros onde se registam os episódios de violência. O próprio disse ainda que as mesmas medidas podem ser de cariz securitário ou social.

Simultaneamente, “é preciso aguardar” pelos resultados das investigações que estão a ser conduzidas pela polícia e pela Justiça. Em causa está a abertura de um inquérito urgente por parte da Inspeção-Geral da Administração Interna, a par do inquérito interno que está a ser realizado pela PSP.

Marcelo salientou o facto de o primeiro ministro ter reunido, esta quinta-feira, com os presidentes das autarquias da Área Metropolitana de Lisboa. Sublinhou que a atuação cabe ao Governo e ao poder local, sendo fundamental a “prontidão” das forças de segurança.

Ao mesmo tempo, importa “trabalhar em conjunto para resolver problemas” dos âmbitos social, económico e administrativo, entre outros.

Questionado sobre a possibilidade de visitar os bairros que têm sido palco da violência, o próprio salientou que tal só será possível “quando ficar claro que há um conjunto de problemas que estão a ser tratados” pelas entidades competentes.

Sobre as declarações dos representantes das diferentes forças políticas acerca deste tema, Marcelo lembra que é uma luta “legítima”, mas deixa um aviso. A principal preocupação deve estar sobre a importância de ver uma “desescalada e pacificação” de todo este cenário, sublinhou o Presidente da República.

Recorde-se que nas últimas 24 horas foram detidas 13 pessoas. O agente que baleou o homem foi constituído arguido na última terça-feira.

 

Artigo atualizado às 21h52

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