Lisboa é a cidade europeia onde os preços das rendas triplicam o salário mínimo do país, escreve esta quinta-feira, 28 de setembro, o jornal espanhol de economia e finanças elEconomista.es, que se fundamenta no índice internacional de preços de arrendamento na Europa da HousingAnywhere. No segundo trimestre em Lisboa, o preço das rendas subiu, em média, 29,4%, os pisos subiram 25% e os estúdios uns 70,3% comparativamente há um ano.
Num artigo titulado “Viver em tendas, a medida “extrema” adotada por milhares de portugueses para enfrentar a crise do arrendamento”, o jornalista Cristian Gallegos explica que o crescimento da cidade em popularidade e procura impedem a desaceleração dos preços das rendas, apesar da tendência geral no sentido da estabilização que se verifica na zona euro.
A situação é tal que muitos cidadãos são obrigados a ter um segundo emprego para poder pagar uma renda na capital e outras cidades como Porto. Quem não pode pagar é obrigado a viver em tendas de campanha para sobreviver, salienta o elEconomista.es, que mostra um apontamento de reportagem da TVE feito pela correspondente em Lisboa, Belén Lorente, na Quinta dos Ingleses, no concelho de Cascais, num aglomerado de vintena de tendas de campanha.
O elEconomista.es identifica na base da crise o aumento do investimento estrangeiro no imobiliário e a falta de novas habitações a preço acessíveis. Cita ainda o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, para quem a habitação é “a maior crise” da sua geração, e adianta que como medida, o edil deu início à construção de 152 fogos para habitação acessível no centro da capital.
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