A volatilidade marcou a segunda sessão da bolsa de Nova Iorque, que encerrou flat, depois de abrir com ligeiros ganhos. Ao longo da sessão, os índices chegaram a valorizar 1%, mas o S&P 500 fechou com 2.546,03 pontos (0,01%), o industrial Dow Jones subiu 0,35% para 23.675,5 pontos e o tecnológico Nasdaq ganhou 0,45%, para 6.783,91 pontos.
O mercado está a reagir à reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed), com os investidores a anteciparem um anúncio da subida das taxas de juro. David Silva, broker da XTB, revela que “os investidores receiam que a combinação de um dólar forte e maiores subidas de taxa de juro levem a um abrandamento da economia em 2019 precisamente na altura em que o impacto do corte de impostos começara a desvanecer”.
A confirmar-se, será a quarta vez este ano que a Fed sobe as taxas de juro. Espera-se uma subida de 2,25% para 2,5%.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a “atacar” a Fed, esta terça-feira, recomendando ao banco central norte-americano que não volte a “cometer outro erro” e que leia o “The Wall Street Journal”, que argumentou que a subida das taxas de juro prevista não é conveniente.
Nas matérias-primas, o preço do petróleo caiu pelo terceiro dia consecutivo para novos mínimos do ano, O West Texas Intermediate, referência para o mercado norte-americano, tombou 7,18% para 46,30 dólares. Desde outubro, mês em que o petróleo atingiu o último máximo, o “ouro negro” já desvalorizou cerca de 40%.
Esta queda acentuada deve-se à produção recorde dos EUA, que se tornaram no maior produtor de petróleo mundial, numa altura em que a economia mundial está em arrefecimento, incluindo a China, cujo presidente, Xi Jiping, discursou esta terça-feira (madrugada em Portugal), com palavras pouco animadoras para o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e aumentando a incerteza em torno do desfecho das negociações comerciais entre os dois países.
As petrolíferas Exxon Mobil e a Chevron caíram 2,6% e 2,5%, respetivamente. Em Londres, o Brent caiu 5,49%, para 56,34 dólares. Segundo os analistas da Agência Reuters, o preço do barril poderá cifrar-se nos 40 dólares, até ao final do ano.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com