Os três principais índices da New York Stock Exchange fecharam em alta. O Dow Jones subiu 0,89% para 27.024,8 pontos, o S&P 500 ganhou 1% para 2.995,7 pontos e o Nasdaq valorizou 1,24% para 8.148,7 pontos.
O dia foi marcado pelo regresso dos lucros dos gigantes da banca. O JP Morgan Chase subiu em bolsa 3,03% após exceder as previsões nos seus resultados trimestrais. Jamie Dimon, CEO, reconheceu que a economia dos EUA “desacelerou”, mas que o consumidor ainda está “saudável”.
Além disso, o Citigroup avançou 1,4% depois das suas contas do trimestre agradarem os investidores. O CEO, Michael Corbat, também enfatizou a força do consumidor americano “apesar da atmosfera de incerteza” na economia. O banco diz que a atividade comercial permitiu “cumprir a estratégia de melhorar o retorno aos acionistas”.
Outro banco que subiu fortemente foi o Wells Fargo (+ 1,6%), após exceder as previsões nas suas receitas. Por sua vez, o Goldman Sachs foi infectado pelo tom ascendente de seus concorrentes e, apesar de uma queda de 23% dos lucros no período, o banco de investimento recuperou 0,3% em bolsa.
OO Índice KBW Banks, que inclui os principais bancos americanos, valorizou 1,8%, até aos 100,5 pontos.
Ao nível macroeconómico, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu em 3% a sua previsão de crescimento para a economia mundial em 2020, devido a um “abrandamento sincronizado” causado pela “incerteza da guerra comercial”.
O FMI fala num crescimento real do PIB mundial de 3,0% em 2019 e 3,4% em 2020 (valores revistos em baixa em 0,2 p.p. e 0,1 p.p. face ao update de julho). As economias desenvolvidas deverão crescer 1,7% em 2019 e em 2020 (valor de 2019 revisto em baixa em 0,2 p.p. em comparação com o update de julho) e a zona euro deverá crescer 1,2% e 1,4%, em 2019 e 2020, respetivamente (valor de 2019 revisto em baixa em 0,1 p.p. e valor de 2020 revisto em baixa em 0,2 p.p. em comparação com o update de julho).
O crescimento previsto pelo FMI para os países emergentes é de 3,9% em 2019 e 4,6% em 2020 (valores revistos em baixa em 0,2 p.p. e 0,1 p.p. face ao update de julho).
Na cena internacional, o Reino Unido e União Europeia estão muito perto de um novo acordo para o Brexit.
No caso dos EUA, O FMI espera um crescimento de 2,4% para este ano, face aos 2,6% previstos em julho. Por outro lado, até 2020, prevê um crescimento de 2,1%, acima dos 1,9% anteriores. Segundo sua avaliação, a economia americana enfrenta a diluição gradual dos efeitos expansivos da reforma tributária de 2017 e a incerteza causada pela guerra comercial com a China.
Além disso, o FMI alertou para a dívida pública, que “está em uma clara trajetória ascendente”, o que requer uma consolidação “gradual”. Sobre as recentes reduções nas taxas de juros do Federal Reserve (Fed), o FMI apontou que “a baixa inflação e a pressão sobre os salários abriram espaço para proteger a economia contra os riscos negativos da economia global”.
Noutros mercados, o petróleo do West Texas cai 1,23%, para 52,93 dólares.
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