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Wall Street fecha em baixa perante preocupações com a propagação do vírus

A Novavax foi um dos títulos que sobressaiu nas negociações de hoje. A empresa de biotecnologia encerrou com um disparo de 31,61%, depois de ter assinado com contrato de cerca de 1,4 mil milhões de euros com o governo para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus.
  • Reuters
7 Julho 2020, 21h13

Depois de um início de semana animador, Wall Street regressou às quedas na sessão desta terça-feira. O mercado não viu com agrado o alerta da Organização Mundial de Saúde de que o novo coronavírus pode contagiar pelo ar e a entrevista do presidente da Fed de Atlanta, ao “Financial Times“, onde refere que a recuperação económica dos Estados Unidos (EUA) será “mais instável” à medida que os casos de Covid-19 aumentam.

Observando os três principais índices de Wall Street, o industrial Dow Jones perdeu 1,51%, para os 25.890,18 pontos, o financeiro S&P 500 caiu 1,04%, para os 3.146,64 pontos e o tecnológico Nasdaq resvalou 0,86%, para os 10.343,89 pontos, após ontem ter puxado pela praça de Nova Iorque. Já o Russel 2000 desvalorizou 2,13%, para os 1.412,35 pontos.

A Novavax foi um dos títulos que sobressaiu nas negociações de hoje. A empresa de biotecnologia encerrou com um disparo de 31,61%, para 104,55 dólares, na sequência de a Casa Branca ter assinado com contrato de 1,6 mil milhões de dólares (cerca de 1,4 mil milhões de euros) para desenvolvar uma vacina contra o SARS-CoV-2.

“O mercado estará já de olhos postos nas previsões económicas do Eurogrupo, na quinta-feira. Será o mais importante antes do arranque da época de apresentação de resultados (earnings season) do segundo trimestre, na próxima semana. Estes resultados serão muito provavelmente os piores do ano. A partir do terceiro trimestre e, sobretudo, em 2021, espera-se que ocorra uma recuperação forte”, referem os analistas do banco espanhol Bankinter, numa nota de mercado.

André Neto Pires, da XTB, destaca acontecimentos político-económicos, que poderão influenciar os mercados financeiros ao longo do dia: “Grupos comerciais dos EUA exortam a China a aumentar as compras de bens norte-americanos, em cumprimento do acordo de Fase Um. A notícia vem acompanhada de uma outra, segundo a qual a União Europeia ameaça retaliação contra os EUA se aplicar tarifas sobre bens exportados da Europa”, lembra, em research.

Em relação ao mercado petrolífero, o preço do ‘ouro negro’ está a cair menos de 1%. O WTI, produzido no Texas, desce 0,71%, para 40,34 dólares por barril, enquanto a cotação do barril de Brent está a desvalorizar 0,70% para 42,80 dólares. Às 21h40 serão divulgados novos dados sobre os inventários de petróleo bruto no país (API).

Quanto ao mercado cambial, o euro desvaloriza 0,33% face ao dólar (para 1,1271 dólares) e a libra sobe face à moeda dos Estados Unidos (+0,38%, para 1,2538 dólares).

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