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Wall Street na grande área à espera de um passe

A situação dos índices norte-americanos assemelha-se bastante à de um ponta de lança bem posicionado que espera pacientemente por um passe, que pode ou não chegar. Com efeito após a recuperação iniciada no final de 2018 e reforçada nos dois primeiros meses deste ano, Wall Street está no que na gíria se designa por striking […]
13 Março 2019, 08h06

A situação dos índices norte-americanos assemelha-se bastante à de um ponta de lança bem posicionado que espera pacientemente por um passe, que pode ou não chegar. Com efeito após a recuperação iniciada no final de 2018 e reforçada nos dois primeiros meses deste ano, Wall Street está no que na gíria se designa por striking distance de novos máximos, ou seja ao alcance de uma série de três a quatro variações similares à de segunda-feira. É por isso que nesta fase será preciso um catalisador realmente convincente que ultrapasse as preocupações dos investidores com o estado da economia mundial, dos resultados empresariais no médio prazo e da incerteza relativa à resolução efectiva da guerra comercial existente entre os EUA e a China, que já provocou estragos comensuráveis não apenas no sentimento dos agentes económicos, bem como na economia real.

Não obstante a avalanche dos números tem-se denotando-se a nível global uma divergência entre os sectores industriais, produtores de bens, claramente mais frágeis e o sector dos serviços, que com a sua pujança tem conseguido minorar os sinais de abrandamento económico. Foi assim com os últimos dados no Reino Unido, na Zona Euro e ontem no índice de preços ao consumidor nos EUA (CPI), que registou um crescimento de 0,2%, dentro das expectativas, embora no valor do Core CPI, que exclui o preço da energia e de comida o número tenha saído abaixo das expectativas, com uma subida de 0,1% contra os 0,2% antecipados. De realçar o facto de no geral o índice CPI ter subido 1,5% nos últimos 12 meses, enquanto que no sector dos serviços o ganho foi de 2,7%.

Nos índices a falta de uma direcção inequívoca deixou-os à mercê das valorizações de alguns pesos pesados, no Nasdaq, Google e Apple puxaram pelas tecnológicas enquanto que a Boeing voltou a pressionar o Dow Jones retirando-lhe 150 pontos e impedido o índice industrial de escapar ao único vermelho da sessão, com uma queda de 0.38%.  No Forex e tal como esperado a estrela do dia foi a Libra inglesa que vagueou consoante os títulos que saíram dos media, primeiro a subir com a perspectiva de um acordo revisto alcançado por Theresa May com a U.E, entendimento que depressa o procurador geral do Reino Unido referiu como não resolvendo o problema do backstop, razão pela qual a moeda acabaria por perder quase todo o ganho amealhado até então, acabando por terminar a ceder -0.4%, depois de registar outra onda de volatilidade aquando da votação do acordo no Parlamento, que resultou em mais uma humilhação para May, com uma rejeição do seu “novo acordo” por 149 votos.

Volatilidade que não deverá abandonar os pares onde a Libra inglesa participa, nem hoje nem amanhã, com mais dois votos sobre o Brexit, que se esperam venham a dar em chumbo de um Brexit sem acordo e numa aprovação para uma extensão do prazo para o Brexit. Para hoje há que destacar os dados sobre as durable goods orders nos EUA, que caso não se enquadrem nas expectativas dos analistas poderão resultar num pico de volatilidade também no mercado accionista.

O gráfico de hoje é do EUR/GBP, o time-frame é Semanal

O par de moedas Euro-Libra inglesa encontra-se dentro de um canal lateral (linhas azuis) de longo prazo, que poderá limitar os movimentos no médio-prazo, entre os 0.83 e os 0.93.

 

 

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